postado em 17/10/2012 08:37
Os negros, pardos e estudantes com renda mais baixa estão, aos poucos, conquistando espaço nas universidades. Dados do Censo da Educação Superior 2011, divulgados ontem pelo Ministério da Educação (MEC), mostram, que, entre 1997 e 2011, o percentual de negros de 18 a 24 anos que frequentam ou já concluíram o ensino superior saltou de 4% para 19,8%. Já a quantidade de universitários de menor poder aquisitivo pulou de 0,5% para 4,2% (veja quadro). A tendência de crescimento é válida para a população em geral. O levantamento mostrou que as matrículas aumentaram 5,7% de 2010 para o ano passado, chegando a 6,7 milhões ; 2,3 milhões de calouros. O maior avanço foi registrado nas universidades públicas, com uma elevação de 7,9% de matriculados. Entretanto, os números ainda são considerados baixos tanto pelo ministério quanto por especialistas.
Segundo o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, o problema da educação superior brasileira é histórico. Ele lembra que a primeira universidade do Brasil é do século passado, além do fato de uma grande parcela da população não ter tido acesso à educação por um longo período por causa da desigualdade. ;Os 20% mais pobres não fizeram universidade porque não tinham como fazer;, argumenta.