postado em 24/10/2012 08:46
O pedido de socorro da comunidade indígena Guarani-Kaiowá, do Mato Grosso do Sul, vem correndo as redes sociais nos últimos dias. Por decisão da Justiça Federal em Naviraí (MS), 170 indígenas deverão deixar o território disputado com fazendeiros. Um abaixo-assinado, que até o fechamento desta edição contabilizava 80.430 assinaturas, circula pelo Facebook e pelo Twitter pedindo providências sobre o caso. Por meio da carta, os indígenas denunciam a ação da Justiça como parte de uma ação de ;genocídio/extermínio histórico; contra seu povo. De acordo com a Fundação Nacional do Índio (Funai), o local está em processo de estudo para ser reconhecido como território indígena e as providências necessárias estão sendo tomadas para reverter a decisão.
Embora circule pela internet a informação de que os Guarani-Kaiowá estariam ameaçando um suicídio coletivo, o secretário executivo do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) Cleber Buzatto afirma que não há elementos que confirmem essa intenção. ;Em nenhum momento a carta fala em autodestruição, mas reafirma a decisão coletiva de permanecer na área.; Na noite de ontem, o Cimi divulgou nota repudiando a disseminação da informação na internet. ;Os Kaiowá e Guarani falam em morte coletiva no contexto da luta pela terra, ou seja, se a Justiça e os pistoleiros contratados pelos fazendeiros insistirem em tirá-los de suas terras tradicionais, estão dispostos a morrerem todos nela, sem jamais abandoná-las.;