postado em 27/10/2012 08:07
Pelo menos sete assassinatos foram registrados na região metropolitana de São Paulo somente entre a noite de quinta-feira e a madrugada de ontem ; mais que o dobro da média habitual de três mortes violentas por dia na capital paulista. O curto período de terror, entretanto, é só mais um capítulo da crise na segurança pública do estado, apresentada nos últimos anos, tanto no cenário político quanto na esfera acadêmica, como exemplo de combate à criminalidade. Depois da euforia em torno da notável queda brusca dos homicídios em São Paulo, que saiu de 35,2 por 100 mil habitantes em 1999 para 10 em 2011, uma nova escalada de violência assusta os moradores do maior estado do país.A sensação de insegurança encontra embasamento nas estatísticas. Setembro fechou como o mês mais violento de São Paulo neste ano, com 135 homicídios. O número é 95% maior que o registrado no mesmo período do ano passado, 69. Apesar dos dados, o secretário de Segurança Pública do estado, Antonio Ferreira Pinto, voltou a afirmar, ontem, que a estratégia está ;absolutamente correta;. A alta dos assassinatos, 68 mortes de policiais militares e um discurso acentuado de enfrentamento por parte das autoridades mostram, na avaliação de especialistas, que São Paulo perdeu o controle da situação, tendo a facção criminosa denominada Primeiro Comando da Capital (PCC) como um dos problemas.