Brasil

Guaranis-caiovás cobram agilidade no método de demarcação das terras em MS

postado em 30/10/2012 11:05
Representante dos índios mostra vídeo com a situação nas aldeias para a procuradora Deborah Duprat
Lideranças indígenas entregaram ontem à vice-procuradora-geral da República, Deborah Duprat, da 6; Câmara de Coordenação e Revisão (CCR) do Ministério Público Federal (MPF), uma carta em manifesto à situação de tensão em Mato Grosso do Sul, em especial na Fazenda Cambará, no município de Iguatemi, distante 460km de Campo Grande. Na carta, os indígenas pediram melhoria nos acessos ao local, maior segurança à comunidade e, sobretudo, agilidade no processo de demarcação de terras. De acordo com Duprat, a situação na região é bastante grave. ;Eles estão ameaçados. Na última quinta-feira, uma indígena foi estuprada e na sexta-feira houve um suicídio;, comentou. A 6; Câmara coordena as ações do MPF nas questões das populações indígenas e comunidades tradicionais.

O caso do grupo que ocupa o território conhecido como Pyelito Kue teve repercussão nacional após a divulgação da carta da comunidade de 170 indígenas, que podem ser expulsos do território ocupado desde novembro de 2011. A liminar para que os índios deixem o território foi concedida em 17 de setembro pelo juiz federal Sérgio Henrique Bonachela. O MPF e a Fundação Nacional do Índio (Funai) entraram com recurso em 16 de outubro contra a decisão. ;Como ainda não houve resposta ao recurso, o que vale agora é a decisão da Justiça Federal em Naviraí. Ainda não há prazo para a retirada dos indígenas, mas caso a Justiça de lá queira fazer valer a decisão tomada, eles tentarão retirar os indígenas da terra;, explicou Deborah.



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