Rio de Janeiro ; Policiais militares e civis, além de guardas municipais, estão sendo capacitados para atuar no enfrentamento do crack no Rio de Janeiro. O curso é resultado de uma parceria entre o governo federal e a Secretaria Estadual de Segurança Pública, dentro do programa nacional de combate à droga Crack É Possível Vencer.
Duas turmas, com cerca de 40 alunos cada, recebem instruções na Academia Estadual de Polícia Civil e no Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças da Polícia Militar. As aulas têm duração de um mês e são divididas em três módulos. O primeiro trata do policiamento comunitário e técnicas de aproximação, o segundo como indicar para qual o órgão o dependente químico deve ser encaminhado e o último aborda o uso de equipamentos com menor potencial ofensivo, pistolas de choque e spray de pimenta, por exemplo.
[SAIBAMAIS]De acordo com a superintendente de prevenção da Secretaria de Segurança do Estado do Rio, Leriana Figueiredo, os alunos foram escolhidos por trabalharem próximos as chamadas cracolândias. ;O que nós fizemos foi escolher os profissionais mais ligados ao problema devido à geografia. A gente tem estratégia de formação que acreditamos possa impactar especialmente as áreas de entorno [de batalhões e delegacias], locais de maior problema para enfrentamento;, completou a superintendente.
A falta de técnica na abordagem do dependente químico é um problema verificado por especialistas e os pelos próprios agentes de segurança. Para a policial militar e aluna do curso Viviane dos Santos saber identificar o problema de cada dependente é uma das maiores dificuldades do trabalho. ;O curso veio mostrar técnicas, tanto na parte de saúde, onde procurar apoio para o dependente químico, quanto evitar levá-lo para a delegacia", afirmou.