Brasil

Dilma e governador de SP articulam plano para frear a onda de criminalidade

Juliana Braga
postado em 02/11/2012 09:40
Operação da PM em Paraisópolis: entre a noite de quinta e a manhã de ontem mais 12 pessoas foram assassinadas

Depois da troca de acusações protagonizada nos últimos dias pelo secretário de Segurança Pública de São Paulo, Antonio Ferreira Pinto, e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, sobre uma suposta omissão do governo federal em relação à onda de criminalidade na capital paulista, a presidente Dilma Rousseff tomou a frente da questão. Por volta das 14h de ontem, ela telefonou para o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, com uma proposta de parceria no combate à violência, que foi aceita. Ainda não estão fechados os detalhes da ação conjunta ; se haverá emprego da Força Nacional, da Polícia Federal ou de homens das Forças Armadas, além de outros tipos de suporte. Uma reunião na próxima semana tratará desses pontos.



Essa operação conjunta rompe uma tradição da política de segurança pública do governo de São Paulo, que sempre se fez de rogado no que diz respeito a apoios explícitos da União. É a única unidade da Federação, por exemplo, sem nenhum preso enviado ao sistema penitenciário federal, apesar dos problemas causados nos últimos anos por integrantes de facções criminosas que estão atrás das grades. Também nunca fez uso da Força Nacional de Segurança Pública. E, no lugar de aderir ao programa do governo federal contra o crack, preferiu fazer uma operação própria, sem muitos efeitos práticos. A postura autossuficiente do estado, entretanto, é fruto da briga política entre o PSDB, que comanda São Paulo, e o PT.

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