Cristiane Silva/Estado de Minas
postado em 08/11/2012 15:02
O delegado Márcio Rocha, da Delegacia de Homicídios de Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, descarta a relação da ex-mulher do goleiro Bruno, Dayanne Rodrigues, com a morte de uma mulher em janeiro de 2011 na cidade.Graziele Beatriz Leal de Souza teria cuidado do filho do goleiro Bruno quando Eliza, mãe da criança, ficou desaparecida. ;Ela não tem nenhuma ligação, não conhece ou conheceu essa Graziele. Ela nunca foi babá, manicure ou prestou algun serviço para ela. Dayanne disse que suas babás seriam do Rio e quando eles vinham para Minas traziam elas;, explica o delegado.
Bruno também prestou depoimento sobre o caso nesta semana. Mário Rocha descartou, a princípio, a participação do ex-atleta no crime. No depoimento, Bruno negou que Graziele tenha trabalhado para ele. Ele também afirmou que as babás contratadas no Rio de Janeiro é quem cuidavam de seus filhos nas viagens a Minas. Ainda disse que não conhece Geisla e a irmã.
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Assim, o policial afirma que até o momento não há ligação do ex-atleta e da mulher com o caso. Conforme Rocha, um suspeito identificado como Cláudio disse que Bruno teria mandado matar Graziele. O delegado ainda vai ouvir mais testemunhas para finalizar o inquérito.
O crime ocorreu em janeiro do ano passado no Bairro Liberdade. A mulher teria cuidado do filho do goleiro Bruno quando Eliza, mãe da criança, ficou desaparecida. Graziele foi executada a tiros na porta de casa. Dois suspeitos do crime foram presos,mas a polícia não deu detalhes sobre eles. Segundo testemunhas, há indícios de queima de arquivo para a morte de Graziele porque ela sabia de informações sobre o ex-atleta e pessoas ligadas a ele. Porém, a polícia acredita que ela tenha sido morta por engano no lugar de uma familiar, Geisla Leal, supostamente envolvida com o tráfico de drogas. Os fatos estão sendo esclarecidos em inquérito presidido pelo delegado Márcio Rocha.
Em agosto deste ano o primo do goleiro Sérgio Rosa Sales que também era acusado de envolvimento no desaparecimento e morte de Eliza, foi assassinado. A polícia concluiu que foi um crime passional. Naquele mês, uma testemunha denunciou ao Jornal da Alterosa, que outras pessoas ligadas ao goleiro haviam sido assassinadas, entre elas Graziele e o irmão dela.
A denúncia do Ministério Público sobre o sumiço de Eliza aponta que a ex-mulher de Bruno, Dayanne de Souza, ficou responsável por cuidar da criança logo depois da morte da modelo, que foi executada pelo ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, conforme o processo. O Ministério Público não cita Graziele na trama criminosa que terminou com a morte de Eliza. Na denúncia consta ;Dayanne foi responsável pela ocultação da criança. Essa conduta tinha um único objetivo: apagar as provas do crime de homicídio que haviam (os acusados) cometido;.