Paula Sarapu
postado em 16/11/2012 10:17
Ainda faltam quatro dias para o julgamento do Caso Bruno, mas a movimentação na porta do Fórum de Contagem é intensa. Os carros de veículos de imprensa ocuparam as vagas do estacionamento na porta do tribunal para garantir um lugar privilegiado. Moradores e comerciantes se surpreendem com a movimentação na Praça Tiradentes, no Centro, onde está localizado o Fórum.
A unidade da Justiça funcionará normalmente, apesar do júri. A diretoria do Fórum baixou portaria com orientações para ingresso e permanência. Partes e testemunhas de processos que tramitam nessa comarca deverão entrar pela porta principal, mediante comprovação da participação em audiências, como cópias de intimação ou citação. É necessário apresentar documento com foto. Para obter certidões, os interessados também precisam apresentar documento de identificação e justificativa. Magistrados, promotores, advogados, defensores públicos, policiais e guardas municipais devem apresentar carteira funcional para ter acesso às dependências do fórum.
O esquema de segurança está sendo feito pela Polícia Militar e agentes institucionais. De acordo com o juiz auxiliar da Presidência do Tribunal de Justiça Nicolau Lupinhaes, a ideia é garantir que o julgamento seja tranquila. Houve uma mudança na disposição do júri e os réus não ficarão mais de frente para o público. Por segurança e melhor acomodação, os acusados estarão posicionados de frente para a juíza Marixa. Os advogados de defesa estarão logo ao lado, também virados para o centro do salão. Entre 15 e 20 advogados poderão acompanhar o julgamento.
Reforço
O juiz Nicolau Lupinhaes disse que haverá reforço na vigilância e no policiamento nas áreas interna e externa, inclusive com detectores de metais nos acessos ao Fórum. Testemunhas, jurados e réus também estarão resguardados. Segundo o magistrado, haverá uma sala específica para a espera de cada grupo.
Os sete jurados, porém, deverão ficar incomunicáveis, inclusive no hotel reservado exclusivamente para eles. De acordo com o comandante da companhia da Polícia Militar responsável pelo policiamento da região, major Edimarcos Lopes, 40 policiais por dia farão a segurança do Fórum e seu entorno. Pouco antes do início do júri, cães farejadores e homens do Grupo de Ações Táticas Especiais farão varredura no plenário e nas salas específicas aos participantes.
;Não haverá televisão, telefones ou internet no hotel. Eles serão supervisionados o tempo todo por servidores públicos e não poderão conversar sobre o caso. Estamos fazendo de tudo para propiciar aos senhores jurados tranquilidade para que possam decidir a causa sem nenhuma influência. Acreditamos que o júri possa estar concluído em duas semanas;, disse o juiz Nicolau Lupinhaes.
Segundo o major Lopes, o policiamento é cinco vezes maior do que num julgamento comum. ;Normalmente, varia entre 6 e 8 homens, dependendo do número de acusados e testemunhas;. Haverá restrições de acesso dentro do fórum. Do lado de fora, a parte lateral e a entrada de veículos também será controlada.