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Movimentação é intensa na porta do Fórum para o julgamento do goleiro Bruno

postado em 19/11/2012 07:59
; Cristiane Silva
; Júnia Brasil


Pichação em muro próximo ao fórum onde Bruno será julgadoA movimentação já em intensa no entorno do Fórum Doutor Pedro Aleixo, em Contagem, na Grande BH, onde o goleiro Bruno Fernandes de Souza e mais quatro réus acusados de envolvimento no desaparecimento e morte de Eliza Samúdio serão julgados nesta segunda-feira. O júri popular está previsto para começar às 9h, mas a polícia e as equipes de reportagem já estão a postos na porta do Fórum.

A segurança foi reforçada no local por policiais militares e o trânsito no entorno do fórum está sendo monitorado por uma equipa da Transcon. A expectativa é de que o fórum abra às 8h30 da manhã e os réus Bruno, Macarrão e Bola devem chegar em comboio escoltado por militares do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate). Apesar do julgamento, o fórum vai funcionar normalmente nesta segunda-feira, mas somente entrará no local quem fez o credenciamento.

Nesta manhã uma pichação em um muro próximo ao fórum chamou a atenção de quem passava pelo local. Com tinta vermelha, a frase "Bruno, me diga com quem tu andas que eu te direi quem tu és" foi escrita na parede, a caminho do fórum.

Armas da defesa


O corpo da modelo nunca foi encontrado. O sangue encontrado no colchão no sítio de Bruno era de mulher, mas não de Eliza.
Perícia não confirmou que os fios de cabelo encontrados em Esmeraldas, apesar de longos e pretos, fossem de Eliza. Não havia vestígios de execução na casa de Bola.



Sérgio e o menor J., que prestou depoimento à polícia sem advogado, afirmaram que a primeira versão de que Eliza foi morta foi dada porque sofreram agressões e pressão dos investigadores.

Argumentos da acusação

Sangue de Eliza na Range Rover de Bruno, em que ela foi trazida por Macarrão e o menor J. para Minas.
Depoimento de J., primo de Bruno, que descreve como Bola matou a modelo e como era a casa do ex-policial.
Sérgio Rosa Sales, outro primo do goleiro, viu Eliza machucada. Depoimento dele à polícia bate com informações passadas pelo menor.

Ligações entre os acusados: Macarrão e Bola, por exemplo, se falaram nove vezes por telefone antes do crime.
Provas destruídas, como álbum de fotos e fraldas de Bruninho queimadas e a mala da Eliza.
Carta de Bruno endereçada a Macarrão, interceptada no presídio, fala para amigo adotar ;plano B;.

(Com informações de Paula Sarapu e Andréa Silva)

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