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Antes de assumir caso, advogado sugere que Bruno e Macarrão confessem crime

Antes de assumir o caso, advogado comentou no twitter que Bruno e Macarrão deveriam confessar o crime de homicídio e negar a ocultação de cadáver

João Henrique do Vale/Estado de Minas, Daniela Almeida
postado em 20/11/2012 16:39
O novo defensor do goleiro Bruno Fernandes, Tiago Lenoir Moreira, constituído no fim desta manhã após o réu destituir o advogado Rui Pimenta de sua defesa, pode alterar completamente as estratégias trabalhadas até então. Ontem, ele registrou em seu Twitter pessoal que "O Bruno e Macarrão deveriam confessar o crime de homicídio e negar a ocultação de cadáver e sequestro. Daí pega 6 anos e volta a jogar bola". No entanto, ao conversar com jornalistas na saída do Fórum de Contagem, ele negou que pretenda fazer isso. "Em momento algum eu falei que eles devem assumir o crime. Nossa principal tese é a negativa de autoria", afirmou. Porém, ele ressaltou que a tese de defesa poderá ser apresentada no último momento, após a acusação concluir a sua arguição.

Antes de assumir a defesa do goleiro, Tiago usou o microblog para comentar suas impressões sobre o julgamento. Ele chegou a criticar ontem a atuação dos defensores. "(...) na prática a defesa vai continuar falando asneiras e o Bruno será condenado a mais de 38 anos. Aposto uma cx de cerveja (sic)". Ele avaliou ainda que a "defesa de Bola deu um tiro no pé com este desmembramento, pois o réu será julgado com os outros dois que possuem provas fracas", registrou também na rede.

Tiago Lenoir atua na equipe do advogado Francisco Simin, que assumiu a defesa de Bruno no final do ano passado. Ele afirmou que já leu todo o processo e não ficou surpreso quando Bruno o constituiu como novo defensor. O advogado afirma se sentir seguro para defender o goleiro. "Advocacia não é profissão, é vocação. A gente tem que estar pronto para os desafios que nos são propostos", disse.

Para o advogado Francisco Simin, o que Tiago registrou no Twitter não vai atrapalhar a defesa. "Vai imperar o que o Ministério Público não conseguiu provar, que é a existência do crime. Nossa tese é a inexistência do crime. Bruno é inocente e vai voltar a jogar seu futebol". Simin ainda comentou a destituição de Rui Pimenta, se dizendo surpreso. "Foi uma surpresa inclusive desagradável. Porque o Rui, além de ser um bom profissional, é um grande amigo", lamentou.

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