João Henrique do Vale/Estado de Minas, Emerson Campos
postado em 22/11/2012 08:35
Durante o interrogatório do promotor Henry Castro, Luiz Henrique Romão, o Macarrão, continuou o desabafo contra o melhor amigo, o goleiro Bruno. Com mais de 4h de depoimento no Fórum de Contagem, o réu ainda conta, em muitos momentos emocionado, sua versão sobre o desaparecimento da modelo Eliza Samudio.Na primeira hora de interrogatório do promotor, Macarrão aproveitou para explicar a tatuagem feita para Bruno, segundo ele, por causa da classificação em um campeonato do 100%, time de futebol amador comandado pelos dois em Ribeirão das Neves. "Fiz a tatuagem naquela semana porque o 100% tinha ido para a semi-final", esclareceu.
Luiz Henrique tocou no assunto depois de confirmar que move uma ação contra o ex-advogado de Bruno, Rui Pimenta, por causa da acusação de que seria gay. "Se fosse homossexual, não teria vergonha nenhuma de assumir. Mas o que passei dentro do sistema, fui humilhado, ninguém sabe", contou chorando.
Bola é citado pela primeira vez
O nome de Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, surgiu pela primeira vez no depoimento. Henry Castro questionou as ligações de Macarrão para o suposto assassino de Eliza e o réu explicou que todos usavam sua linha no sítio. Segundo Macarrão, ele só conhdeceu o ex-policial na cadeia. Ele ainda revelou investidas de Marcos para que seu filho jogasse na equipe de futebol de Neves.
Bruno é apontado novamente como culpado
Macarrão voltou a desabafar contra o amigo e culpou Bruno pelas agressões contra Eliza no Rio de Janeiro, pelas quais cumpre pena. Nas três primeiras horas de depoimento, durante o interrogatório da juíza Marixa Rodrigues, Luiz Henrique já havia dito que foi Bruno que ordenou o sumiço da modelo. Leia mais.
Carta e suposto ;plano B;
O promotor questionou a carta em que Bruno sugeria o ;plano B; ao amigo. Macarrão disse que não chegou a recebê-la, alegou que foi desviada na penitenciária. Afirmou ainda que soube do documento pela imprensa e confirmou que entende por ;plano B; que ele assumisse todo o crime pelo amigo a quem ele considerava um irmão. O promotor encerrou o interrogatório pouco depois das 4h e o depoimento continuou com os assistentes de acusação.