Estado de Minas
postado em 23/11/2012 13:57
O promotor Henry Vasconcelos de Castro se exaltou ao comentar a postura de advogados que estiveram envolvidos na defesa de alguns dos réus do Caso Eliza Samudio. "Não estou me referindo aos que aqui estão presentes", fez questão de destacar, antes de tecer duras críticas aos profissionais que, segundo ele, buscaram atrapalhar as investigações e o andamento processual.As críticas do promotor começaram a ser esbravejadas no tribunal quando ele citava aos jurados o depoimento de Sérgio Rosa Sales, que era réu no processo mas foi assassinado em agosto. Henry admitiu que o primo do goleiro Bruno voltou atrás no primeiro depoimento prestado à polícia, mas fez questão de apontar que ele não o fez por livre e espontânea vontade."Sérgio foi coagido, amedrontado e assediado severamente por alguns advogados que defendiam outros réus", afirmou.
Neste momento, o promotor provocou a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), cobrando alguma atitude da entidade em relação aos profissionais por ele criticados. "Quero saber onde está o representante da Comissão de Ética e Disciplina dessa ;coisa; que se chama ordem", declarou. Henry citou que ao longo desta semana a juíza Marixa Fabiane Rodrigues foi interrompida, durante as sessões do julgamento, por advogados que "entraram pulando feito um saci-pererê para entregar algum pedido à meritíssima".
Trocadilhos
Sem citar nomes, o promotor criticou dois advogados, um deles de forma ainda mais severa, que provocaram tumultos dentro do tribunal no começo do julgamento. "Um deles deu aqui, logo no ínício, um bola fora. Entendam o trocadilho".
Já sobre o outro defensor o promotor destacou a vaidade, dizendo que o tal profissional apenas "tem pinta" (sic) de advogado. "O sonho dele era defender o goleiro Bruno, mas o crack não deixou", disse, arrancando discretíssima risada entre alguns presentes na plateia.