postado em 08/12/2012 14:43
O Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (Into) está fazendo, neste sábado (08), 30 cirurgias, em mutirão que marca a ampliação do atendimento após as medidas determinadas pelo Ministério da Saúde, na última quinta-feira (06), com o objetivo de reduzir as filas de espera no órgão federal. Em visita hoje ao Into, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, reiterou que a forma de agendamento de consultas e cirurgias no instituto passou a ser integrada ao sistema informatizado desenvolvido em conjunto pelo ministério e a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro. ;Tomamos uma série de medidas para que as pessoas que estavam vindo para confirmar a consulta em sua especialidade não precisassem mais vir;, disse Alexandre Padilha.
;Hoje, abrimos sete equipes. São quase 12 salas [de cirurgia] funcionando ao mesmo tempo, com a expectativa de, com essa nova medida, aumentarmos em cerca de 200 cirurgias por mês. E, com a reposição de alguns profissionais, podemos aumentar em 500 cirurgias por mês. Aqui no Into daria, aproximadamente, cerca de mais 5.600 cirurgias por ano;. No próximo sábado (15), deverão ser abertas mais dez salas.
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[SAIBAMAIS]Padilha lembrou que, de janeiro a novembro deste ano, foram feitas quase 7 mil cirurgias no Into, com aumento de 22% em comparação ao mesmo período de 2011. O instituto registrou também expansão de 74% no número de consultas realizadas no período, alcançando 180 mil.
O ministro pediu que os pacientes procurem as unidades (clínicas da família e unidades básicas de saúde) mais próximas de suas casas, ;para que ninguém fique exposto à situação de ter que vir marcar as consultas;. Padilha cobrou da direção do Into a utilização do sistema informatizado integrado, em atendimento à determinação do ministério, no ano passado, e disse que o sistema de agendamento presencial de consultas é arcaico.
De acordo com o ministro, o conjunto das vagas passa a ser integrado ao sistema informatizado. ;É assim que deve ser. As pessoas têm que ter a forma de marcação da sua consulta, da sua cirurgia, na unidade [de saúde] mais perto de onde moram, onde são acompanhadas pelos seus médicos;. Pessoas que moram em outras cidades fluminenses deverão procurar as secretarias municipais de saúde para efetuar o agendamento das consultas via internet.
Para os cerca de 3.500 pacientes que já haviam feito a triagem no Into, foi montado com a Secretaria Estadual de Saúde um call center com 55 profissionais, que já ligaram, desde quinta-feira até hoje, para mais de 1.500 pessoas, fornecendo a data da consulta e programação de cirurgia. Hoje, deverão ser contatadas mais 1.200 pessoas. Todos esses pacientes receberão também telegrama, confirmando que a ligação veio do ministério e da secretaria de saúde do estado.
Outras medidas objetivam reduzir o tempo de espera de cirurgias ortopédicas, não só no Into, mas em todos os hospitais do estado. ;O Into, sozinho, não vai fazer no estado todas as cirurgias necessárias;, explicou Padilha. Uma dessas medidas é a ampliação do mutirão de operações que são efetuadas nos sábados.
O ministro assegurou que a meta é aumentar ainda mais a produção, para reduzir o tempo de espera. Em parceria com o estado, disse que o ministério pretende aumentar em 500 por mês o número de cirurgias ortopédicas em outros hospitais da rede estadual. O volume dessas cirurgias na rede do estado já cresceu 5% este ano, até novembro. Em relação a 2006, Padilha revelou que foram feitas sete vezes mais cirurgias nos hospitais fluminenses.
;Mas nós queremos aumentar ainda mais. Porque nem todas as cirurgias ortopédicas têm que ser feitas aqui no Into;. Daí a importância de outros hospitais elevarem o numero de operações, para reduzir o tempo de espera dos pacientes. De acordo com informação da assessoria do Into, 21 mil pessoas em média aguardam por cirurgia no instituto.
Alexandre Padilha disse que o ministério fará um acompanhamento permanente da situação no Into, para que outras medidas possam ser tomadas com a mesma finalidade de reduzir o tempo de espera. As pessoas que estão há muito tempo na fila terão os seus casos avaliados. O ministro não descartou a necessidade de implantar, inclusive, uma ordem de prioridade, ;de acordo com o caso clínico e a situação de sofrimento que elas [os pacientes] possam ter;.
O ministro esclareceu que, embora a determinação seja para que se respeite a ordem na fila de espera de cirurgia, serão levados em conta a análise clínica do paciente e a gravidade do caso. ;Com essa avaliação, você pode priorizar uma pessoa que precise de uma cirurgia mais rápida;. Os pacientes serão avaliados caso a caso.
Também será aumentado o número de consultas especializadas. A ideia é atingir mais 2 mil consultas nas especialidades que têm maior demanda, que são cirurgias de coluna, problemas de quadril e de joelho, para reduzir o tempo de espera. Na avaliação do ministério, é possível diminuir para todos os casos de cirurgia ortopédica. ;Esse é o esforço que nós vamos fazer. E vai ser um esforço constante, permanente;, afiançou.