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Detento pode ter comandado por celular assassinato da ex-namorada e sua mãe

postado em 09/12/2012 19:07
Um detento da Penitenciária Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte pode ter comandado ; pelo celular - o assassinato da ex-namorada e da mãe dela. O crime aconteceu na tarde deste domingo em Sete Lagoas, na Região Central de Minas, quando dois comparsas do detento foram até a casa das vítimas e um deles executou as mulheres com tiros na cabeça.

Segundo o tenente Ivair José do 25; Batalhão da Polícia Militar (PM), os suspeitos do crime foram até a casa das vítimas, no Bairro Aeroporto, sob ordem de Bruno Henrique Souza Oliveira, 19, que cumpre pena e é apontado como responsável por oito homicídios.

Os dois homens armados chegaram de moto na casa de Vilma Cristina Brant, 42, procurando pela filha dela, Luara Laryssa Paulino, 22. A mãe atendeu ao chamado no portão e foi obrigada pelo atirador a entrar na casa. O outro comparsa deu cobertura do lado de fora. Enquanto bandido e vítima entravam na casa, Bruno ligou para o telefone fixo da residência, segundo a PM, para se certificar de que haveria a execução. Luara atendeu ao telefone e a morte da mãe ocorreu no momento em que ela falava com o ex.

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Luara estava em seu quarto, local para onde o atirador levou Vilma. Ele executou a mãe com um tiro no lado esquerdo da cabeça e nem deu chance de reação à filha, que também foi assassinada a queima roupa com um disparo na cabeça. Segundo o tenente, uma irmã de Luara presenciou o crime. ;O homem disse para ela que não a mataria porque sabe que ela tem um filho pequeno;, conta o militar. A testemunha é mãe de um menino de 1 ano.

De acordo com a PM, o socorro foi acionado, mas mãe e filha já foram encontradas mortas na porta do quarto. Os suspeitos fugiram de moto com destino a Belo Horizonte e ainda são procurados pela polícia. Um deles já foi identificado e segundo a PM, é conhecido das vítimas. A irmã de Luara pediu proteção policial porque teme pela sua vida e do filho.

Amor doentio - A PM recolheu na casa cartas de Bruno para Luara, em que o detento fala do amor incondicional. Segundo o tenente, as cartas têm um tom doentio. Em uma delas Bruno fala que está preso por Luara, em nome do amor que sente por ela. De acordo com Ivair José, o detento não se conformou com o fim do relacionamento e com o fato de Luara já estar namorando com outro rapaz. A PM recolheu o computador da jovem, onde foram encontradas conversas dela com o novo namorado.

;Foi uma covardia, primeiro matou a mãe depois a filha. Quando a gente acha que o cidadão está preso, que estamos livres dele, ele comando um crime desses de dentro da cadeia;, disse o militar.

A PM fez contato com a diretoria da Dutra Ladeira para que seja recolhido o telefone celular do detento. A corporação pediu que seja feita uma vistoria para comprovar o uso desse telefone, que será uma peça fundamental na investigação do crime quando a Polícia Civil assumir o caso. Se ficar provado o envolvimento de Bruno, ele poderá ser retirado da cadeia para receber nova autuação pelo duplo homicídio.

O em.com entrou em contato com a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), responsável pela penitenciária, e aguarda retorno.

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