postado em 11/12/2012 16:26
O presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Roberto d;Ávila, defendeu nesta terça-feira (11/12) a avaliação continuada dos cursos de graduação de medicina, e não apenas ao final do curso ; como ocorre atualmente. Para ele, a avaliação precisa ser menos teórica e mais prática, com provas de habilidades e não apenas de múltipla escolha.Ao comentar os resultados da prova realizada pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), d;Ávila defendeu ainda que, além dos alunos, as instituições de ensino também sejam avaliadas. ;O exame deve ser mais bem elaborado, deve acontecer ao longo do curso e deve avaliar a escola também;, disse.
Na semana passada, o Cremesp informou que mais da metade dos alunos recém-formados em medicina no estado foram reprovados no exame. A prova foi realizada em novembro deste ano e é obrigatória a todos os formandos de São Paulo.
A prova do Cremesp contou com 120 questões objetivas que abrangem problemas comuns da prática médica, de diagnóstico, tratamento e outras situações, em nove áreas básicas: clínica médica, clínica cirúrgica, pediatria, ginecologia, obstetrícia, saúde mental, epidemiologia, ciências básicas e bioética.
Dos 2.411 participantes, 54,5% acertaram menos de 60% da prova, ou seja, menos de 71 das 120 questões. O exame contou com a presença de 2.525 estudantes das 28 escolas médicas paulistas que funcionam há mais de seis anos. Cento e quatorze provas foram invalidadas.
;Esse exame é o retrato da realidade. É uma inferência de que alguma coisa vai mal;, destacou o presidente do CFM. ;Defendemos um teste de progresso e uma avaliação da escola, como pré-requisito para exercer a profissão;, concluiu.