postado em 15/12/2012 16:21
Brasília ; Cerca de 40% da costa brasileira sofre algum tipo de processo de erosão. Apesar de se tratar de um fenômeno natural, a ação humana pode agravar a situação em algumas regiões. A construção de um porto, sem um planejamento que considere todas as condições locais, por exemplo, pode acelerar a degradação de praias e afetar corais.
Ainda não existem formas de prever ou medir o quanto essas interferências afetam o litoral. A expectativa entre especialistas brasileiros é que até o final do ano seja possível simular essas situações com mais precisão. Alguns pesquisadores e técnicos começam a estudar, a partir da semana que vem, um novo programa que é utilizado pelo governo espanhol e está sendo adaptado para a realidade brasileira.
;Essa ferramenta vai apoiar a identificação de critérios e melhorar a construção de obras de engenharia costeira como portos, marinas e píer e apontar ações para enfrentar os problemas de erosão que é o maior problema da nossa costa;, explicou Márcia Oliveira, bióloga do Departamento de Zoneamento Terrestre do Ministério do Meio Ambiente.
A ferramenta inclui uma espécie de banco de dados, com informações sobre marés, ondas, e sobre as condições de um determinado local. A partir desses dados, especialistas vão conseguir simular situações já estabelecidas ou projetos que ainda estão sendo cogitados, como obras de infraestrutura no litoral.
A costa brasileira é uma das mais extensas do mundo, com 7,4 mil quilômetros de praias. A gestão adequada desse patrimônio, com um planejamento prévio, poderia evitar impactos irreversíveis e asseguraria a preservação de grande parte da biodiversidade presente nesses locais.
Professores e especialistas de universidades federais no Rio Grande do Norte, de Pernambuco, de São Paulo, do Espírito Santo e de Santa Catarina e de órgãos de governo, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), serão os primeiros a receber orientações sobre a ferramenta. A partir desse curso, os grupos vão desenvolver cinco estudos de casos para as primeiras avaliações.
;Vamos identificar erros e, no final do ano, afinar a ferramenta e disponibilizar gratuitamente para todas as instituições e universidades;, explicou a bióloga.
A expectativa é que, no início do ano que vem, pesquisadores contem com um software que indique vulnerabilidades como a possibilidade de alteração na direção de correntes marítimas, transporte de sedimentos ou mudanças na dinâmica das praias. ;O modelo tenta apresentar cenários do que alteraria uma nova estrutura nesse pedaço do litoral. Você tenta simular porque, a partir desses estudos de tendências, é possível melhorar os projetos ou criar alternativas para mitigar o impacto;, explicou.
Representantes do governo brasileiro também acreditam que, a partir dos cursos de formação no Sistema de Modelagem Costeira (SMC), novos especialistas se formem no país. A análise desse tipo de impacto depende, hoje, de consultorias caras. ;Temos poucos engenheiros de costa no Brasil. E você pode ter problemas imensos com essas obras e muitas vezes não tem capacidade técnica para fazer projetos que consideram todas as dinâmicas envolvidas, como ondas e marés;, acrescentou Márcia.
Ainda não existem formas de prever ou medir o quanto essas interferências afetam o litoral. A expectativa entre especialistas brasileiros é que até o final do ano seja possível simular essas situações com mais precisão. Alguns pesquisadores e técnicos começam a estudar, a partir da semana que vem, um novo programa que é utilizado pelo governo espanhol e está sendo adaptado para a realidade brasileira.
;Essa ferramenta vai apoiar a identificação de critérios e melhorar a construção de obras de engenharia costeira como portos, marinas e píer e apontar ações para enfrentar os problemas de erosão que é o maior problema da nossa costa;, explicou Márcia Oliveira, bióloga do Departamento de Zoneamento Terrestre do Ministério do Meio Ambiente.
A ferramenta inclui uma espécie de banco de dados, com informações sobre marés, ondas, e sobre as condições de um determinado local. A partir desses dados, especialistas vão conseguir simular situações já estabelecidas ou projetos que ainda estão sendo cogitados, como obras de infraestrutura no litoral.
A costa brasileira é uma das mais extensas do mundo, com 7,4 mil quilômetros de praias. A gestão adequada desse patrimônio, com um planejamento prévio, poderia evitar impactos irreversíveis e asseguraria a preservação de grande parte da biodiversidade presente nesses locais.
Professores e especialistas de universidades federais no Rio Grande do Norte, de Pernambuco, de São Paulo, do Espírito Santo e de Santa Catarina e de órgãos de governo, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), serão os primeiros a receber orientações sobre a ferramenta. A partir desse curso, os grupos vão desenvolver cinco estudos de casos para as primeiras avaliações.
;Vamos identificar erros e, no final do ano, afinar a ferramenta e disponibilizar gratuitamente para todas as instituições e universidades;, explicou a bióloga.
A expectativa é que, no início do ano que vem, pesquisadores contem com um software que indique vulnerabilidades como a possibilidade de alteração na direção de correntes marítimas, transporte de sedimentos ou mudanças na dinâmica das praias. ;O modelo tenta apresentar cenários do que alteraria uma nova estrutura nesse pedaço do litoral. Você tenta simular porque, a partir desses estudos de tendências, é possível melhorar os projetos ou criar alternativas para mitigar o impacto;, explicou.
Representantes do governo brasileiro também acreditam que, a partir dos cursos de formação no Sistema de Modelagem Costeira (SMC), novos especialistas se formem no país. A análise desse tipo de impacto depende, hoje, de consultorias caras. ;Temos poucos engenheiros de costa no Brasil. E você pode ter problemas imensos com essas obras e muitas vezes não tem capacidade técnica para fazer projetos que consideram todas as dinâmicas envolvidas, como ondas e marés;, acrescentou Márcia.