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Demora em atendimento a criança vítima de bala perdida no RJ será apurada

postado em 26/12/2012 13:51
Rio de Janeiro ; O Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) vai apurar a demora no atendimento a uma menina de 10 anos, baleada na cabeça, em um hospital municipal da capital. A informação foi divulgada pelo assessor da presidência do Cremerj, Luís Fernando Moraes.

A criança foi atingida por uma bala perdida na noite de Natal e teve que esperar oito horas para ser atendida no Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, zona norte da cidade. Ela permanece internada em estado grave na unidade de terapia intensiva (UTI).

De acordo com o integrante do Cremerj, o conselho já havia informado à Secretaria Municipal de Saúde sobre a insuficiência de médicos nesse e em outros hospitais. "Um neurocirurgião de plantão em hospitais como o Salgado Filho e outras grandes unidades de emergência no município, é absolutamente insuficiente. A equipe tem que ter, no mínimo, dois médicos para fazer uma cirurgia. Ela [a secretaria] deveria saber logo no início que não tinha neurocirurgião; deveria ter uma ambulância de plantão e o chefe de equipe não estava lá. A própria secretaria deveria checar como estão seus plantões, afinal temos uma cidade que está próxima de um evento que vai receber milhões de pessoas em Copacabana. Então, temos que ter equipes prontas, completas, para que façam esse atendimento. Precisamos saber o que aconteceu", disse.

Segundo nota divulgada pela Secretaria Municipal de Saúde, havia um neurocirurgião escalado para o plantão noturno do dia 24 de dezembro no Hospital Salgado Filho, porém o profissional faltou ao trabalho sem aviso prévio. Um inquérito administrativo será instaurado para apurar o caso. "A Secretaria Municipal de Saúde lamenta e repudia o comportamento do profissional e aplicará a punição cabível ao médico", diz a nota.



De acordo com a secretaria, havia 18 médicos neurocirurgiões escalados para o plantão de Natal nos quatro maiores hospitais municipais e, até agora, o médico não apresentou pedido formal de demissão ao Departamento de Recursos Humanos da secretaria ou à direção do hospital.

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