postado em 13/01/2013 16:38
A Eletronuclear contratou a Fundação de Ensino e Engenharia de Santa Catarina (Feesc) para fazer um estudo das condições de tráfego da BR 101 (Rio-Santos). O foco do trabalho será o trecho da rodovia compreendido entre os municípios de Angra dos Reis e Paraty, no litoral sul fluminense, onde está situada a Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto. Ali funcionam as usinas nucleares Angra 1 e 2 e se constrói Angra 3.A iniciativa atende a pedido do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), segundo informou o coordenador de Responsabilidade Socioambiental da Eletronuclear, Paulo Gonçalves. O convênio entre a Eletronuclear e a Feesc (ligada à Universidade Federal de Snata Catarina - UFSC), foi assinado no final de novembro do ano passado. A expectativa é que o trabalho seja concluído até agosto deste ano.
O estudo vai determinar se a estrada precisa ser duplicada, se precisa ter trevos nas entradas das cidades, se precisa em determinados locais ter somente aumento do acostamento, se há risco iminente de as encostas caírem. ;Em função da utilização da estrada, ele [o estudo] indica para a gente o que deve ser feito;. As informações serão repassadas para o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), que irá aferir se os dados apresentados estão corretos e se, tecnicamente, o estudo é aplicável.
A experiência comprovada dos estudos efetuados pela Feesc em seu laboratório de trânsito levou à contratação. A Eletronuclear administra as usinas nucleares brasileiras. ;A gente espera que as recomendações venham a atender a toda essa área técnica, para poder oferecer [as soluções] ao Ibama e ao usuário da estrada;.
Gonçalves destacou a importância da iniciativa, uma vez que a BR 101 é a principal via de fuga da população em situações de emergência na central nuclear. ;O estudo vem corroborar tudo aquilo que a gente precisa para o plano de emergência da central nuclear;. Embora o estudo não tenha como foco os rios e lagoas da região, Paulo Gonçalves informou que se houver uma ameaça naquele trecho da estrada, como risco de queda de barreira ou de encosta, isso também será avaliado. O custo previsto do estudo é R$ 1,5 milhão.
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No último dia 9, foi feita a primeira reunião para definir os parâmetros do projeto, envolvendo questões como a quantidade de carros em feriados, que são os dias de maior movimento na rodovia, e o tipo de veículos que trafega no local. Um novo encontro está marcado para o próximo dia 24, em Angra dos Reis, do qual participarão representantes da Polícia Rodoviária Federal, do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e da Defesa Civil, para que suas revindicações possam também ser atendidas. ;Para que eles coloquem o que desejam que o estudo atenda também;, disse o coordenador.
Na última sexta-feira (11), foi feita reunião com a prefeita de Angra, Conceição Rabha (PT), durante a qual a Eletronuclear colocou-se à disposição para auxiliar o município em obras de contenção de encostas afetadas pela forte chuva do início do mês.