postado em 17/01/2013 18:20
Rio de Janeiro - Uma ação contra o crime ambiental no município de São Francisco de Itabapoana, no norte fluminense, destruiu dezenas de fornos clandestinos e resultou na prisão de três pessoas em blitz ecológica deflagrada nesta quinta-feira (17/1) no entorno da Estação Ecológica Estadual de Guaxindiba, pela Coordenadoria Integrada de Combate aos Crimes Ambientais (Cicca).Os fiscais apreenderam ainda 14 pássaros silvestres que estavam em gaiolas, e que foram devolvidos à natureza. Um dos três presos responderá também pelo crime de manter animais silvestres em cativeiro.
A ação teve a participação de 40 homens, entre fiscais do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e policiais do Comando de Policiamento Ambiental (CPAm). Ao percorrem o entorno da estação ecológica, as equipes encontraram dezenas de fornos de carvão clandestinos, que foram destruídos com o auxílio de uma retroescavadeira.
O secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, disse que as operações de combate aos crimes ambientais vão continuar na região. ;Estamos empenhados em combater os degradadores do meio ambiente. Não vamos permitir que a Estação Ecológica de Guaxindiba continue a ser carbonizada por fornos ilegais;, garantiu.
Segundo o coordenador da Cicca, José Maurício Padrone, nesse tipo de atividade existe uma série de irregularidades, como poluição causada pela queima da madeira; trabalho semelhante à escravidão, inclusive com a presença de menores; corte ilegal de madeira; e ausência de licença ambiental para o exercício do negócio.
;Quem for flagrado produzindo carvão em desacordo com as determinações legais responderá por crime ambiental, com pena de reclusão de um a dois anos e multa de R$ 500 por metro;, informou.
A Estação Ecológica Estadual de Guaxindiba é o maior e último remanescente de Mata Atlântica do norte do estado do Rio, sendo a cobertura vegetal mais expressiva e importante da região. Antigamente, a região era conhecida como Mata do Carvão, devido à grande quantidade de fornos de carvão que existiam nas redondezas.
Atualmente, a produção de carvão é autorizada somente com licença do Inea. Os critérios para licenciamento são rigorosos, não se permitindo qualquer atividade do gênero próximo a áreas de proteção ambiental.