Brasil

Incêndio na boate Kiss é a 5ª maior tragédia em número de mortos do Brasil

postado em 27/01/2013 13:42
Até o momento, com as 245 mortes confirmadas, o incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, na madrugada deste domingo (27/1), entrou para a triste lista das maiores tragédias do Brasil, em número de mortos. Os quatro maiores incidentes ocorridos em território brasileiro se deram na região sudeste.

Em janeiro de 2011, mais de 900 pessoas morreram após deslizamentos de encostas causados por fortes chuvas na Região Serrana do Rio de Janeiro, cenário que contabiliza a maior tragédia em número de mortos já ocorrida no Brasil. Também no Rio de Janeiro, pelo mesmo motivo, mais de 500 pessoas morreram na Região Metropolitana da cidade no fim de 1966.

Em 1961, o incêndio do Gran Circo Americano levou à morte de 503 pessoas, a maioria crianças. A tragédia ocorrida em Niterói (RJ) foi atribuída a um ex-funcionário do circo, Adilson Marcelino Alvez, o Dequinha, que sofria de problemas mentais e queria se vingar do dono do circo, que havia o demitido. Embora Dequinha e seus cúmplices tenham sido julgados e condenados, ainda hoje existe a versão de que o incêndio foi causado, na verdade, por um curto circuito.

A quarta maior tragédia se deu no início de 1967, em Caraguatatuba, no litoral de São Paulo, quando as chuvas fizeram 465 vítimas após uma enxurrada de lama e dezenas de milhares de troncos de árvores terem descido a Serra do Mar e varrido a cidade paulista.

Caso parecido na Argentina

No dia 30 de dezembro de 2004, em Buenos Aires, Argentina, um incêndio semelhante ao de Santa Maria matou 194 pessoas e deixou mais de 1.432 feridas. O episódio aconteceu na casa noturna República Cromañon, no bairro de Once, e começou durante o show da banda Callejeros, quando rojões foram lançados pelo público e teriam alcançado o forro do estabelecimento, feito de material inflamável, e se alastrado rapidamente. Embora a capacidade da República Cromañon fosse de 1.300 pessoas, quase 4 mil estavam na casa noturna no momento da tragédia. As portas de emergência estavam trancadas para impedir que as pessoas saíssem sem pagar. As vítimas morreram asfixiadas, com queimaduras nas vias aéreas, incineradas ou ainda pisoteadas em meio ao tumulto.

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