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Sócio da boate Kiss que estava desaparecido se entrega à polícia

Além do homem, o outro dono do estabelecimento também presta esclarescimento. O vocalista da banda Gurizada Fandangueira também foi detido durante o velório de outro músico do grupo, e outro integrante da banda também foi preso

Estado de Minas, Agência France-Presse
postado em 28/01/2013 16:11
Além do homem, o outro dono do estabelecimento também presta esclarescimento. O vocalista da banda Gurizada Fandangueira também foi detido durante o velório de outro músico do grupo, e outro integrante da banda também foi preso

Santa Maria
- A polícia deteve nesta segunda-feira (28/1) dois dos proprietários da , assim como dois integrantes do grupo musical que utilizou um sinalizador no palco, informou à AFP a Polícia Civil de Santa Maria. O outro sócio, que estava desaparecido desde a tragédia, se entregou nesta tarde à polícia.

O vocalista da banda ;Gurizada Fandangueira; foi detido no velório de outro músico do grupo, e também foi detido outro integrante da banda, informou a policial Michele Vimmermann. Segundo a imprensa local, este integrante da banda era o encarregado da segurança do grupo no palco.

Um dos donos da boate Kiss, identificado na imprensa como Elissandro Sphor, foi detido no hospital onde está internado, acrescentou a policial.

Um segundo proprietário da casa noturna, que tinha ordem de prisão e estava desaparecido desde o domingo se entregou à polícia e foi detido, informou à AFP Jairo Medeiros, da polícia civil de Santa Maria. Ele foi identificado como Mauro Hoffman, que estava foragido desde ontem e seria um dos sócios da casa noturna.

O incêndio na discoteca ocorreu durante a apresentação da banda. Alguns sobreviventes contaram que o vocalista acendeu um sinalizador, que produziu faíscas, dando início às chamas.

"Pensamos que a causa mais plausível do incêndio tenha sido o fogo pirotécnico usado pela banda, que teria soltado faíscas e incendiado o teto", disse à AFP o delegado Sandro Meinerz.

Ele confirmou que a discoteca não tinha as licenças para operar em dia e estavam vencidas desde agosto do ano passado.

[SAIBAMAIS]Também houve denúncias de que o extintor usado para apagar as faíscas a princípio não funcionou e que a discoteca não tinha as saídas de emergência necessárias. O delegado explicou que a saída de emergência desemboca no local de entrada e saída principal, onde se aglomeraram as pessoas, a enorme maioria das quais morreu asfixiada em meio ao tumulto.

A polícia tem um prazo de 30 dias para concluir as investigações. "Consideramos que este prazo é plausível", acrescentou o delegado, que explicou ainda que não há mais detenções previstas.



A discoteca informou, em um comunicado, que tudo estava em ordem. Um dos integrantes da banda também descartou sua culpa em declarações à imprensa.

O incêndio provocou a morte de 231 pessoas, em sua maioria jovens universitários, que começaram a ser sepultados esta segunda-feira. Pelo menos cem pessoas continuavam hospitalizadas, 80 delas em estado grave.

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