Emerson Campos
postado em 06/02/2013 19:48
Imagem do Centro, retrato da desinformação. No canto da praça, em banco exposto às intempéries, a máquina do tatuador trabalha em ritmo frenético. Não nos aproximamos para ver a arte e não é preciso. É apenas mais uma das dezenas criadas ali, todos os dias, em plena Avenida do Contorno, de frente para o maior e mais movimentado shopping popular de Belo Horizonte. E é assim, sob o olhar de curiosos, sem luvas, máscara ou qualquer forma de assepsia, que o desenho surge.
Coisa errada para quem leva o ofício a sério. É o que garante Wardem Hugo, do Souless Tatto. "É impensável isso. Já vi gente tatuando na Guaicurus [próximo ao local flagrado pelo em.com.br] com tinta henna em uma tampinha. E se a pessoa tiver alergia ao material [que não é adequado]? Não tem luvas nem nada, a poluição está toda ali", conta indignado.
Até mesmo ao escolher um estúdio os cuidados são importantes. "É preciso ver a limpeza, se o material está todo embalado, as paredes do local, enfim, a assepsia que é o principal", explica Hugo. Mas não é só.
Hugo - Também é importante conhecer o trabalho do tatuador e sentir confiança no papo dele.
em.com.br - Tem gente que promete o que não consegue cumprir?
Hugo - É o que mais acontece.