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Delegado confirma que ordens para ataques em SC partiram de presídios

Denúncia de tortura no Presídio Regional de Joinville é considerada apenas uma hipótese entre as razões que explicam os ataques

postado em 07/02/2013 12:20
Denúncia de tortura no Presídio Regional de Joinville é considerada apenas uma hipótese entre as razões que explicam os ataquesFlorianópolis ; O delegado-geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Aldo Pinheiro D;Ávila, confirmou nesta quinta-feira (7/2) que o comando para os ataques de violência no estado partiram de criminosos encarcerados. ;Não há indícios. Tenho a plena convicção, plena certeza, de que ordem para os ataques desse tipo de modalidade criminosa, que se aproxima do terrorismo, partiram de organizações que atuam dentro dos presídios catarinenses.;

Inicialmente, essa relação era apenas uma das linhas de investigação dos organismos de segurança do estado. Para o delegado-geral, no entanto, a denúncia de tortura no Presídio Regional de Joinville é considerada apenas uma hipótese entre as razões que explicam os ataques, que ocorrem desdo o dia 30, com a prisão de 30 pessoas.

;Essa correlação não se pode afirmar com plena certeza. São várias circunstâncias que nos levam a crer como fatos motivadores. Por exemplo, a questão da intensificação das prisões em relação tráfico de entorpecentes e o indiciamento de todas as lideranças das facções criminosas em razão da morte da agente prisional Deise [Alves] [também podem ser motivos].;

[SAIBAMAIS]A Polícia Civil investiga se houve abuso de agentes penitenciários em uma operação pente-fino no presídio de Joinville, no dia 18 de janeiro. Imagens do circuito interno, divulgadas pela imprensa no último dia 2, mostram que os agentes usavam balas de borracha e gás de pimenta contra os presos mesmo com eles em situação de controle. Joinville é a cidade com maior número de ataques: 14 em oito dias.



Durante os atentados de novembro também surgiram denúncias de maus-tratos na Penitenciária São Pedro de Alcântara, localizada em Florianópolis. Esses ataques ficaram mais concentrados na capital catarinense, de acordo com a Polícia Militar (PM). Na época, equipes da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República estiveram no local vistoriar e apurar possíveis casos de tortura. ;Não há nenhuma dúvida de que há uma correlação entre os ataques de novembro e esses ataques atuais. Elas estão relacionadas, no sentido de que se tratam de [ordens] de facções criminosas.;

Ele avalia que os locais escolhidos para os ataques estão relacionados à proximidade com os presídios do estado. ;Temos percebido que os ataques ocorrem com ênfase em locais onde há grandes presídios, com grande concentração de presos;. Em oito dias, foram 73 ocorrências, de acordo com a PM, em 23 municípios do estado.

O delegado-geral informou que novas prisões devem ser feitas nos próximos dias à medida que sejam produzidas provas que justifiquem os mandados. ;Praticamente todo efetivo dos nossos órgãos de investigação estão voltados para essa modalidade criminosa. Formada a prova, se faz o pedido de prisões. Foi isso que aconteceu em Joinville [ontem];, explicou.

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