postado em 20/02/2013 19:02
A médica Virgínia Soares de Souza foi presa na manhã de terça-feira (19/2), acusada de ter antecipado as mortes de pacientes internados na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Evangélico de Curitiba, no Paraná. No Brasil, a prática de eutanásia - a antecipação da morte de um paciente em estado irrecuperavelmente grave - é proibida, e é considerada crime.As investigações foram iniciadas há um ano, passaram pelo Ministério Público e agora estão sob a responsabilidade do Núcleo de Repressão aos Crimes Contra a Saúde da cidade. Não se sabe ainda desde quando os crimes estariam sendo cometidos, nem o número de pacientes que teriam passado pelo procedimento, mas a polícia recolheu prontuários de 18 pacientes que morreram na UTI ao longo de 2012. Virgínia de Souza trabalha no hospital desde 1988. Cerca de 20 funcionários da UTI já começaram a ser ouvidos pela polícia, e o hospital anunciou que abrirá sindicância interna para apurar os fatos.
A polícia investiga ainda se houve o consentimento das famílias das vítimas ou a participação de outros funcionários do hospital. Caso se comprove esta última hipótese, as pessoas envolvidas podem ser acusadas também por formação de quadrilha, além de homicídio qualificado pelo crime de eutanásia.