Brasil

Servidores da saúde e grávidas protestam contra fechamento de maternidade

A Maternidade da Praça XV, no Rio de Janeiro, funciona há aproximadamente 30 anos e é referência no atendimento a gestantes e recém-nascidos de alto risco

postado em 21/02/2013 17:13
Rio de Janeiro ; Funcionários da saúde e gestantes protestaram na manhã desta quinta-feira (21/2) contra o fechamento da Maternidade Praça XV. Eles cobram do prefeito Eduardo Paes a reabertura do hospital.

;Essa área é muito valorizada pelo projeto do Porto Maravilha. A política do prefeito do Rio de Janeiro [Eduardo Paes] é acabar com a saúde pública. Estamos vivendo um calendário, em que a Copa das Confederações e a Copa do Mundo são prioritários, para atendimento aos turistas que visitarão a cidade. O governo está investindo em hospitais privados, mas deixa a saúde pública de lado;, criticou o diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência (Sindsprev), Julio Cesar Tavares. "Quase 65% dos funcionários da maternidade já estão com transferência definida", informou.



Segundo a presidenta do sindicato dos enfermeiros, Monica Armada, a Secretaria Municipal de Saúde informou que o prédio da maternidade necessita de grandes obras de estruturação, porém, como ele pertence à Marinha, optou-se pelo seu fechamento. A assessoria de imprensa da Marinha não confirmou o motivo do fechamento.

O comunicado sobre o fechamento foi divulgado às vésperas do carnaval, sem que os servidores e as pacientes tivessem conhecimento prévio. Gestantes em trabalho de parto foram transferidas para outras maternidades. Segundo Monica, as mães que ainda se encontram na maternidade estão sendo redirecionadas para outros hospitais da região.

A Maternidade da Praça XV funciona há aproximadamente 30 anos e é referência no atendimento a gestantes e recém-nascidos de alto risco. A unidade faz, em média, 4 mil partos anuais, conta com 120 leitos e um banco de leite humano. O hospital recebeu o título de Amigo da Criança, concedido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef).

Procurada pela reportagem, a prefeitura informou que Paes está fora da cidade e que o órgão não irá comentar as críticas do sindicato.

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