postado em 22/02/2013 06:05
Todas as pessoas que trabalharam na unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital Universitário Evangélico de Curitiba, durante o período em que a médica Virgínia Soares de Souza esteve à frente do núcleo, serão investigadas pela Polícia Civil do Paraná. Ela é acusada de desligar aparelhos e reduzir a medicação de pacientes em estado terminal e será indiciada por homicídio qualificado. Virgínia foi presa na última terça-feira e permanecerá detida por 30 dias, conforme decisão judicial. Ela nega qualquer crime. A delegada Paula Brisola, do Núcleo de Repressão aos Crimes Contra a Saúde (Nucrisa), responsável pelo caso, decretou segredo de Justiça do inquérito. O hospital considerou o episódio pontual.
Apesar de a apuração ser mantida em sigilo por precaução, um bilhete supostamente escrito por uma das pessoas que poderia ter se tornado vítima da médica foi divulgado ontem. A mulher, que ficou 26 dias na UTI, teria ouvido um diálogo de Virgínia sobre o desligamento do aparelho que ela usava e escrito um recado para alertar parentes. ;Eu preciso sair daqui, pois tentaram me matar desligando os aparelhos toda a noite.; O delegado-geral da Polícia Civil do Paraná, Marcus Vinicius Michelotto, não quis dar detalhes sobre o caso.