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Dilma diz que Brasil comprova potencial tecnológico na área de defesa

Dilma Rousseff disse que Brasil provou ser capaz de cumprir o papel do desenvolvimento cientifico e tecnológico na área de defesa, com a inauguração da Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas %u2013 primeira etapa para a construção de submarinos

postado em 01/03/2013 14:36
Rio de Janeiro - A presidenta Dilma Rousseff disse nesta sexta-feira (1;/3) que o Brasil provou ser capaz de cumprir o papel do desenvolvimento cientifico e tecnológico na área de defesa, com a inauguração da Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (Ufem) ; primeira etapa para a construção de submarinos. A fábrica faz parte do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub) da Marinha. A infraestrutura servirá para a construção e manutenção de cinco submarinos.

;Com este empreendimento entramos em um seleto grupo, dos integrantes do Conselho de Segurança das Nações Unidas com acesso ao submarino nuclear;, destacou Dilma, ao ressaltar que atualmente, a tecnologia de propulsão nuclear é dominada apenas pela China, pelos Estados Unidos, pela França, Inglaterra e Rússia ; membros permanentes do órgão. Atualmente o Brasil não integra o Conselho de Segurança da ONU. ;Uma indústria da defesa é uma indústria da paz, mas, sobretudo, do conhecimento. Aqui se produz tecnologia e tem um poder imenso de difundir tecnologia;, completou a presidenta durante a inauguração da Ufem, em Itaguaí, município da região metropolitana do Rio.


O investimento ; que inclui a construção da Ufem, do estaleiro e da base naval, que abrigará os submarinos ; será R$ 7,8 bilhões até 2017. O programa foi iniciado em 2008, resultado de uma cooperação entre o Brasil e a França que prevê transferência de tecnologia e criação de consórcios entre empresas dos dois países. Dos cinco submarinos previstos, quatro serão movidos a motor diesel-elétrico e um com reator para propulsão nuclear, que é mais autônomo e gera energia por mais tempo. A planta de propulsão nuclear será desenvolvida com tecnologia inteiramente nacional.

O ministro da Defesa, Celso Amorim, declarou que a decisão de implementar oprograma demonstra que o Brasil entendeu que a segurança não é algo delegável. ;Um país que quer ser autônomo e se firmar no mundo deve cuidar da sua segurança. Se formos eternamente dependentes daquilo que os outros nos fornecerem não teremos nossa autonomia, não poderemos defender nossos recursos, nossa população e a nossa orientação no mundo.;

Amorim também ressaltou que as ações vão gerar emprego e estimular a indústria naval e nacional. De acordo com a Marinha, as construções vão gerar 9 mil empregos diretos e 32 mil postos indiretos. O estaleiro de construção está previsto para ser concluído em dezembro de 2014, a base naval em 2017 e o primeiro dos quatro submarinos convencionais deve começar a operar em 2017. Os demais submarinos convencionais devem ser entregues em intervalos de 18 meses, e o de propulsão nuclear, depois de 2025, após testes no mar.

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