Brasil

Laudo diz que jovens de boate Kiss morreram por asfixia de gases tóxicos

Laudos técnicos mostram que a inalação dos gases cianeto e monóxido de carbono foi a responsável pela morte de mais de 200 pessoas que estavam na boate, na noite de 27 de janeiro. Uma série de erros amplificou o desastre

postado em 16/03/2013 06:09
Superlotação, extintor estragado e alvará vencido: erros em série

As vítimas do incêndio na boate de Santa Maria, em 27 de janeiro, morreram asfixiadas pela inalação de cianeto e de monóxido de carbono. A informação é da legista-chefe do Departamento Médico Legal de Santa Maria, Maria Ângela Zuchetto, e integra a série de laudos entregue à Polícia Civil do Rio Grande do Sul, na tarde de ontem. Os relatórios são detalhados e foram anexados ao inquérito policial que apura as causas e as responsabilidades da tragédia, que já soma mais de 1,7 mil páginas. Os documentos confirmam a superlotação da boate, que tinha capacidade para 700 e 750 pessoas, mas que, na noite do incêndio, recebeu mais de mil frequentadores, a grande maioria, jovens estudantes.

Os erros que culminaram no incêndio da Kiss estão sob investigação. Um dos principais foi o uso de um sinalizador inadequado para locais fechados, na apresentação da banda Gurizada Fandangueira. A existência de apenas uma saída de emergência é apontada como responsável pela grande proporção que o desastre atingiu. O laudo da perícia tam,bém aponta outras falhas que ajudaram a amplificar a tragédia: um dos extintores de incêndio não funcionou; não havia sinalização de emergência (180 corpos foram encontrados no interior dos banheiros); e o alvará do Corpo de Bombeiros estava vencido. A expectativa é que o inquérito seja entregue à Justiça já na semana que vem.

Laudos técnicos mostram que a inalação dos gases cianeto e monóxido de carbono foi a responsável pela morte de mais de 200 pessoas que estavam na boate, na noite de 27 de janeiro. Uma série de erros amplificou o desastre

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