postado em 17/03/2013 12:37
A Secretaria de Meio Ambiente e a Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) concluíram o trabalho de limpeza da Lagoa Rodrigo de Freitas, na zona sul carioca, após a mortandade de 72 toneladas de peixes, iniciada na última terça-feira (12). A baixa oxigenação da água levou à mortandade de peixes, a maioria formada por savelas e sardinhas, mas também havia peixes nobres como robalos, linguados, corvinas e paratis - alguns deles com até 4 quilos.Para o biólogo Mário Moscatelli, o problema pode ter sido provocado por problemas climáticos, devido à chuva que atingiu o Rio de Janeiro, ou por algum despejo irregular de esgoto.
[SAIBAMAIS]Segundo Moscatelli, como a oxigenação da água da Lagoa Rodrigo de Freitas é monitorada frequentemente pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, poderia ter sido adotado um plano de contingenciamento,que consistiria no recolhimento do peixe vivo do espelho d;água para uma destinação mais nobre, que não o aterro sanitário. "Como 90% do peixe retirado da lagoa é formado por savelhas que não têm grande apelo comercial, o peixe poderia ter tido outro destino, como farinha, adubo, ração, diferente do o lixo", disse.
Moscatelli disse que o ecossistema da Lagoa Rodrigo de Freitas é frágil e, além de ser cercado por uma malha urbana em seu entorno, ainda existem os fatores climáticos e o despejo irregular de esgoto que pode provocar à mortandade de peixes.
Essa é a segunda maior mortandade de peixes na lagoa. Em 2010, mais de 100 toneladas de peixes mortos foram retirados da água.
A Comlurb mantém hoje (17), no entorno da Lagoa Rodrigo de Freitas, uma equipe normal de varrição e no espelho d;água há um catamarã em caso de aparição de peixes mortos junto à vegetação de restinga. A companhia também não está mais lançando essência de eucalipto no entorno do parque, porque o cheiro forte de peixe morto, desapareceu.