Estado de Minas
postado em 21/03/2013 15:58
Organizações do movimento estudantil fizeram um protesto nesta quinta-feira, data que a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu como Dia Internacional de Combate ao Racismo. A manifestação repudiou o trote ocorrido sexta-feira no prédio da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Cerca de 100 pessoas se reuniram na na Praça Afonso Arinos, no Centro de Belo Horizonte, e cantaram frases contra nazismo, racismo e machismo. Os manifestantes seguiram para o pátio da faculdade onde continuaram o protesto com um jogral. Novamente, frases em crítica ao preconceito foram entoadas pelos estudantes.
O ato, que incluiu a distribuição de panfletos e cartazes, tem a participação do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFMG, da Assembleia Nacional de Estudantes Livre (Anel), da União Estadual dos Estudantes (UEE), do Sindicato dos Trabalhadores nas Instituições Federais de Ensino (Sindifes) e da União de Negros pela Igualdade (Unegro).
Trote
O trote polêmico na UFMG ganhou repercussão nacional na segunda-feira, com duas fotos divulgadas em um perfil no Facebook que mostram uma estudante com o corpo pintado com tinta preta, acorrentada e puxada por um veterano. Ela ostenta uma placa com os dizeres %u201Ccaloura Chica da Silva%u201D, em referência à famosa escrava que viveu em Diamantina no século 18, liberta após se envolver com um contratador de diamantes. Em outra foto, um calouro está amarrado a uma pilastra enquanto outros três estudantes fazem uma saudação nazista. Um deles pintou um bigode semelhante ao do ditador alemão Adolf Hitler.
Meio-passe
Um grupo de estudantes fez um protesto pedindo meio-passe para todos no Centro de BH. Os manifestantes ocuparam parte da Avenida Afonso Pena em direção à prefeitura. O trânsito ficou lento, porque o grupo tomou uma faixa da avenida.