Jornal Correio Braziliense

Brasil

Brasileiro é condenado à prisão perpétua por assassinar empresário francês

Edno da Silva é praticante de capoeira e fugiu de volta ao Brasil após ter sido conseguido liberdade sob controle judicial, em 2009, depois de quatro anos e meio de prisão provisória

França - A justiça francesa condenou à prisão perpétua nesta quinta-feira (21/3) o brasileiro Edno Borba da Silva, de 37 anos, que fugiu para o Brasil, acusado do assassinato de um rico empresário em 2003, em circunstâncias ainda pouco claras.

Edno da Silva é praticante de capoeira e fugiu de volta ao Brasil após ter sido colocado em liberdade sob controle judicial, em 2009, depois de quatro anos e meio de prisão provisória. Na quarta-feira, o promotor solicitou 30 anos de prisão para o assassino do empresário Christophe Dalmasso.

A mãe da vítima, Renée Dalmasso, de 72 anos, se mostrou "contente" com o veredicto, uma "etapa" após dez anos de um processo caótico e de anos de investigação pessoal. Agora, o Estado francês deve comunicar ao Brasil a sentença e o assassino deverá ser julgado em um processo que ocorrerá no Brasil.



Detido em outubro de 2004, Edno da Silva foi acusado de homicídio doloso. Ele negou tê-lo cometido e acusou Lucie Dalmasso, filha adotiva da vítima com quem mantinha uma relação, de ter ordenado o assassinato.

O cúmplice encarregado de se desfazer do corpo, esquartejá-lo e transportá-lo em sacos de lixo, foi condenado a sete anos de prisão. Dois homens acusados de incendiar o veículo da vítima após seu desaparecimento foram condenados a passar 2 e 3 anos atrás das grades.

O veículo carbonizado de Cristophe Dalmasso, um católico conservador milionário apaixonado pelo Brasil, foi encontrado dias depois de seu desaparecimento, aos 37 anos, no dia 2 de setembro de 2003.

Os ossos do empresário foram encontrados na baía de Cannes, em agosto de 2004, e a investigação levou às acusações de Lucie Dalmasso e do brasileiro, hospedado pela vítima em um hotel de Nice.

A filha do empresário depôs no processo na qualidade de testemunha. O brasileiro utilizou ainda de cheques falsificados pertencentes à vítima depois de sua morte.