postado em 24/03/2013 15:51
Rio de Janeiro - Cerca de dez índios estão reunidos neste momento com o juiz federal Wilson José Witzel para definir um local provisório de moradia, depois da retirada deles da Aldeia Maracanã, na sexta-feira (22). O grupo não aceitou ir para a Colônia Curupaiti, onde a Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos montou um abrigo provisório.[SAIBAMAIS]Também participam da audiência, advogados, antropólogos e o ex-presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Mércio Gomes. O grupo de índios e cerca de 80 manifestantes ocuparam ontem (23) o Museu do Índio em Botafogo e aproximadamente 40 pessoas dormiram no local.
O museu foi desocupado pela polícia na madrugada e os índios e manifestantes foram levados para a sede da Justiça Federal no Rio de Janeiro, onde estão até agora. A imprensa foi impedida de entrar e os manifestantes que apóiam o movimento foram colocados para fora do prédio.
No começo da tarde, o juiz foi ao local que abrigou a Aldeia Maracanã com uma comissão de cinco índios para vistoriar o prédio da Conab, que fica ao lado do prédio histórico antes ocupado pelos índios. Mas foi verificado que o local não oferece condições de abrigo. O antigo Museu do Índio está sendo vigiado pela polícia e o muro, que tinha pinturas indígenas, foi pintado de branco.
O grupo de 13 índios que saiu pacificamente da Aldeia Maracanã na sexta- feira (22) foi levado pela manhã para Jacarepaguá. Eles foram alojados em abrigos provisórios montados em contêineres. Será construído no local um centro de referência e uma aldeia modelo para abrigar as diversas etnias.