Brasil

Parlamentares querem ouvir presidente do Conselho de Medicina sobre aborto

O Conselho Federal de Medicina defende que mulheres até a 12ª semana de gestação não sejam criminalizadas, caso decidam interromper a gestação

postado em 26/03/2013 14:18
O presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Roberto Luiz d;Ávila, deve ser convidado para dar explicações no Senado sobre a posição da instituição, divulgada na semana passada, de defender que mulheres até a 12; semana de gestação não sejam criminalizadas, caso decidam interromper a gestação. Essa é uma das propostas previstas na ampliação das possibilidades de aborto, em discussão na reforma do Código Penal Brasileiro, desde ano passado no Senado.

;Somos a favor da vida, mas queremos respeitar a autonomia da mulher que, até a 12; semana, já tomou a decisão de praticar a interrupção da gravidez;, disse o presidente do CFM Roberto Luiz d;Ávila, na semana passada. Ele esclareceu que a posição foi tomada por maioria pelo CFM e também pelos 27 conselhos regionais de Medicina (CRMs), no 1; Encontro Nacional de Conselhos de Medicina 2013.



O senador Magno Malta (PR-ES), presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Família Brasileira repudiou a manifestação do CFM. ;Nós somos terminantemente contra. Somos a favor da vida. A concepção já é a vida e com três meses você vai tirar um feto aos pedaços para jogar no lixo. Nós não podemos conviver e nem aplaudir uma atitude como essa;, disse.

O senador também questionou a unanimidade da decisão do CFM, ;a reação de médicos contra [o aborto] no Brasil é muito grande. É possível que esse congresso não tenha tido muita representatividade ou que não represente os médicos do Brasil, mas isso nós queremos discutir aqui na Casa;.

Malta disse ainda que vai enviar um ofício em nome da frente pedindo a presença do presidente do CFM para participar de audiências públicas para discutir o tema tanto na Comissão Especial de senadores que analisa as mudanças no Código Penal, como na Comissão de Direitos Humanos do Senado.

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