postado em 28/03/2013 12:47
Rio de Janeiro ; Um protesto de trabalhadores das obras de revitalização da zona portuária do Rio interditou, na manhã desta quinta-feira (28/3), um dos sentidos da Avenida Presidente Vargas, uma das principais vias do centro do Rio. Os reflexos chegaram até a Avenida Brasil e o trânsito ficou lento no Centro por mais de duas horas. Os manifestantes foram até a Candelária e seguiram para a zona portuária onde continuam reunidos. De acordo com o Centro de Operações da Prefeitura, o tráfego já foi normalizado.Os operários já haviam feito uma paralisação no dia 13 deste mês e reivindicam direito a plano de saúde e melhores condições de trabalho. Segundo o diretor do Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada (Sinicon), Carlos Alberto de Souza, os trabalhadores vão parar novamente na segunda-feira (1;). ;O consórcio não está respeitando as normas determinadas pelo Ministério do Trabalho. Temos casos de companheiros que estão trabalhando com mochilas, porque a empresa não deu um armário onde eles pudessem guardar essas roupas. Não há sanitários e chuveiros suficientes para atender todas essas pessoas;, denunciou Souza, que também relatou casos de comidas com itens servidos crus e apenas 20 minutos para almoçar.
O projeto de revitalização da zona portuária do Rio é o mais ambicioso da prefeitura e conta com cerca de 3.500 trabalhadores. O projeto é administrado pelo consórcio Porto Novo. Dentre as intervenções urbanísticas estão previstas construções de túneis subterrâneos, demolição da Perimetral, viaduto importante da cidade, e obras de infraestrutura que devem estar prontas para as Olimpíadas de 2016.
Em resposta às perguntas da Agência Brasil sobre as denúncias, a assessoria de comunicação do Consórcio Porto Novo informou, por e-mail, que a empresa atende plenamente a convenção coletiva do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Construção Pesada Intermunicipal do Rio de Janeiro (SITRAICP), negociada em fevereiro deste ano com os trabalhadores. ;Todas as solicitações relacionadas ao ambiente de trabalho já foram implementadas. O plano de saúde não fez parte da convenção coletiva negociada com o Sindicato;, diz a nota. Ainda segundo a assessoria, o prazo de entrega das obras não foi alterado com as paralisações e continua sendo 2016.