Brasil

Moradores do Horto vão ao Ministério Público discutir remoção de famílias

Os moradores querem que os procuradores atuem junto à Justiça Federal para anular a decisão do desembargador federal Luiz Paulo da Silva Araújo Filho, da 23ª Vara Federal, que determina a remoção do ex-funcionário do Jardim Botânico, Delton Luiz dos Santos, de 71 anos

postado em 01/04/2013 15:37
Rio de Janeiro ; Moradores do Horto, no Jardim Botânico, zona sul do Rio, estão fazendo nesta segunda-feira (01/4) uma manifestação na porta do Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro, no centro da cidade, contra a remoção de famílias do bairro. Segundo a presidente da Associação de Moradores e Amigos do Horto, Emília Maria de Souza, o grupo agendou encontro com o subprocurador-geral de Justiça, Ertulei Laureano Matos, na subprocuradoria de Diretos Humanos e Terceiro Setor.



Os moradores querem que os procuradores atuem junto à Justiça Federal para anular a decisão do desembargador federal Luiz Paulo da Silva Araújo Filho, da 23; Vara Federal, que determina a remoção do ex-funcionário do Jardim Botânico, Delton Luiz dos Santos, de 71 anos. Ele mora na Rua Pacheco Leão, número 1.235 casa 108 e, no mesmo terreno, em outras duas casas, moram os filhos do ex-funcionário, Max e Leila.

De acordo com Max, de 45 anos, a família vive no local desde que o avô dele, também funcionário, construiu a casa onde hoje moram as três famílias. Ele acredita que a decisão de remover o pai de onde mora pode iniciar um processo de remoção de outros moradores do bairro, "meu pai hoje é boi de piranha para passar toda a boiada".

Jorge Castelhano, de 72 anos, mora desde que nasceu em uma casa que antes pertencia ao pai, ex-funcionário da instituição. Ele contou que se tiver de ser removido para outra área da cidade, como já foi cogitado, não terá alternativa, mas que não pretende sair do local onde sempre viveu. Jorge também trabalhou no Jardim Botânico, no setor de produção de mudas. "Estamos em uma situação em cima do muro. O que for dado aos moradores temos que receber", concluiu.

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