Prestes a completar 10 anos, o Estatuto do Desarmamento é apontado como responsável pela queda na quantidade de armas de fogo compradas no Brasil. Enquanto em 2003, quando o governo promulgou a legislação que tornou mais rígidas as regras para registro de arma, 57 mil artefatos foram vendidos, em 2009 esse número ficou em 37 mil ; diminuição de 35%. As Regiões Nordeste, Sudeste e Norte tiveram reduções expressivas, superiores a 40%. Única região que fugiu à regra, o Sul apresentou crescimento de 21% na aquisição de armas pessoais a partir de 2003.
Os dados fazem parte de estudo apresentado ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Com a proximidade dos dois anos da chacina de Realengo, episódio em que um atirador matou 12 crianças em uma escola no bairro do Rio de Janeiro, em 7 de abril de 2011, os pesquisadores sustentam que há relação entre a venda de armas de fogo e a violência no país. O desarmamento é apontado, inclusive, como uma das causas da queda dos homicídios no país, de 22,2 por 100 mil habitantes em 2003, para 20,4 em 2010, base de dados mais recentes.
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