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Boate Kiss: Justiça decide hoje se aceita denúncia contra acusados

Segundo o documento do MP-RS, quatro pessoas foram acusadas por homicídio doloso qualificado, quando há a intenção ou se assume o risco de matar

postado em 03/04/2013 10:24
Fachada na Boate Kiss, onde 241 pessoas morreram em decorrência do incêndio e mais de 600 ficaram feridas, em Santa Maria - RS
Após analisar a acusação do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) contra oito pessoas por envolvimento no incêndio na Boate Kiss, em Santa Maria (RS), o juiz da 1; Vara Criminal de Santa Maria, Ulysses Fonseca Louzada, decidirá nesta quarta-feira (3/4) se aceita a denúncia dos promotores. O anúncio será feito em coletiva de imprensa, em Santa Maria, prevista para as 11h.

Segundo o documento do MP-RS, entregue na terça-feira (2/4) à Justiça, quatro pessoas foram acusadas por homicídio doloso qualificado, quando há a intenção ou se assume o risco de matar e que, por ser qualificado, há o aumento da pena. São elas: os sócios-proprietários da Boate Kiss, Elissandro Calegaro Spohr e Mauro Londero Hoffmann; o vocalista da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos; e o produtor e auxiliar de palco do grupo musical, Luciano Augusto Bonilha Leão.

Também foram denunciados, por fraude processual e falso testemunho, os bombeiros Gerson da Rosa Pereira e Renan Severo Berleze; o ex-sócio da Kiss Elton Cristiano Uroda e Volmir Astor Panzer, funcionário do pai de Elissandro Spohr, Eliseo Jorge Spohr.



[SAIBAMAIS]As acusações diferem dos indiciamentos feitos pela Polícia Civil. Segundo o MP, dois bombeiros indiciados pela polícia por homicídio doloso devem responder por homicídio culposo (quando não há intenção de matar) na Justiça Militar: Gilson Martins Días e Vágner Guimarães Coelho, bombeiros responsáveis pela fiscalização.

O MP também pediu novas investigações para apurar as responsabilidades de Ângela Aurélia Callegaro, gerente da boate e irmã do dono do estabelecimento, Elissandro Spohr; de Marlene Teresinha Callegaro, sócia e mãe de Elissandro; de Miguel Caetano Passini, secretário municipal de Controle e Mobilidade Urbana; e de Beloyannes Orengo de Pietro Júnior, superintendente de Fiscalização da Secretaria Municipal de Controle e Mobilidade Urbana.

Segundo o Ministério Público, pelo menos 877 pessoas estavam na boate na noite de 27 de janeiro, quando ocorreu a tragédia. Ao todo, 241 pessoas morreram em decorrência do incêndio e mais de 600 ficaram feridas.

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