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Márcio Fortes não sabe ainda se será Autoridade Olímpica em 2016

O atual presidente da APO não sabe se estará na função na cerimômia de abertura das Olimpíadas de 2016. "Isso dependerá do futuro presidente da República%u201D, diz Márcio Fortes

postado em 07/04/2013 12:14
Brasília - O presidente da Autoridade Pública Olímpica (APO), Márcio Fortes, foi escolhido para o cargo pela presidenta Dilma Rousseff e sua indicação teve a aprovação do Senado para um mandato de quatro anos, o que lhe garante a permenência no cargo até julho de 2015. Assim, ele não tem certeza se, depois de ser o principal responsável no governo pela organização das Olimpíadas de 2016, estará no cargo no dia 5 de agosto do ano seguinte, na cerimônia de abertura, ;pois isso dependerá do futuro presidente da República;, já que haverá eleições presidenciais em outubro de 2014.

A APO é um consórcio público, formado pela União, pelo estado e pelo município do Rio de Janeiro, e foi criado pela Lei Federal 12.396, de 21 de março de 2011, para coordenar a participação desses três entes na preparação e execução dos Jogos Olímpicos de 2016, especialmente para assegurar o cumprimento das obrigações por eles assumidas perante o Comitê Olímpico Internacional e o Comitê Paralímpico Internacional.

Além de lidar com toda a parte de infraestrutura, instalações, equipamentos e logística das Olimpíadas, a APO tem que cuidar também da questão das licitações necessárias que seguem o modelo do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e os recursos do governo federal são repassados aos demais participantes por meio de acordos de cooperação técnica, envolvendo a União, o estado e o município do Rio, e chegam ao destino por meio da Caixa Econômica Federal.

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Cabe à APO, juntamente com a Caixa e o Ministério do Esporte, o monitoramento da execução dos projetos das instalações esportivas e de tudo o que esteja relacionado aos Jogos. Em alguns casos, as Olimpíadas ;herdará; obras da Copa, como o Estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã, que será o palco da abertura e do encerramento das competições olímpicas, e a Transcarioca, via expressa de ligação da Barra da Tijuca ao Aeroporto Internacional Galeão-Tom Jobim, na Ilha do governador.

;Na execução dos projetos, nossa linha de ação é que eles podem até ser bonitos ; e devem ser bonitos ; mas têm que priorizar os aspectos funcionais e esportivos, porque não podem custar caro. Temos um extremo cuidado para evitar custos desnecessários;, explicou Márcio Fortes, que disse não ser possível estimar um custo global das Olimpíadas do Rio de Janeiro porque a candidatura da cidade foi apresentada em 2007 e os valores da época estão defasados, além de haver obras que já estavam previstas na cidade com recursos do PAC e a do Maracanã, que está sendo reformado para a Copa do Mundo, mas servirá também para o evento olímpico.

Como um exempo de transparência do que está sendo feito pela União, o estado e o município do Rio de Janeiro, sob supervisão da APO, Márcio Fortes informou que existe um ;forte acompanhamento; por parte do Comitê Olímpico Internacional, que envia periodicamente consultores e dirigentes para analisar o andamento dos trabalhos. A cada seis meses, há uma inspeção por parte da Comissão de Coordenação (Cocon) do COI, que é o órgão de maior hierarquia e revê os preparativos em todos os setores.

;O pessoal do COI é bem mais light do que o da Federação Internacional de Futebol (Fifa) e sempre há um bom diálogo conosco. E a grande preocupação deles é com o legado que as Olimpíadas deixarão para a população, não apenas com o aspecto esportivo dos Jogos. O que eles querem é que o evento sirva para melhorar a qualidade de vida das pessoas, com obras de saneamento, transportes, comunicações, energia e outras, que ficarão para sempre na cidade que sedia a disputa olímpica;, declarou Márcio Fortes.

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