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Brasil busca acordo com Peru e Bolívia para controlar imigração pelo Acre

O ministro frisou que governo tem compromisso de fornecer assistência humanitária, socorrendo o governo acriano, dando condições mínimas de vida aos imigrantes e tentando inserí-los na sociedade e no mercado de trabalho

postado em 12/04/2013 13:43
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, disse nesta sexta-feira (12/4) que o governo federal, em parceria com o governo do Acre, terá de realizar ;um trabalho equilibrado; para conciliar ajuda humanitária aos haitianos que estão abrigados em Brasileia (AC) com o combate à imigração ilegal e ao tráfico de pessoas.

Carvalho ressaltou que o governo brasileiro conversará com autoridades do Peru e da Bolívia, principais países que servem de rota da imigração ilegal para o Brasil, para negociar providências com relação ao problema.

;É claro que isso também vai nos levar a entendimento com os governos dos países vizinhos, como é o caso do Peru e da Bolívia. Nós precisamos fazer um acordo para que haja um mínimo de cuidado também no uso desses países como corredor de chegada ao Brasil;, explicou Carvalho. Ele disse, no entanto, que ;o Brasil não pode ser um Estado que rejeita imigração;.



Carvalho destacou que o Brasil tem setores da economia com capacidade de ;absorção muito grande; de mão de obra, inclusive estrangeira, como é o caso da construção civil. Ele ponderou, no entanto, que apesar da tradição brasileira de acolher estrangeiros, é necessário que seja feito de forma que não provoque ;um tumulto como está ocorrendo [no Acre];.

O ministro frisou que governo tem compromisso de fornecer assistência humanitária, socorrendo o governo acriano, dando condições mínimas de vida aos imigrantes e tentando inserí-los na sociedade e no mercado de trabalho.

Segundo autoridades acrianas, 1.300 haitianos estão hoje em Brasileia. Ontem, 44 receberam vistos provisórios e foram contratados por uma empresa de abate de aves de Maringá (PR). Ao mesmo tempo em que esses imigrantes tiveram a permanência legalizada, outras 42 pessoas entraram ilegalmente na cidade em menos de 24 horas.

O prefeito de Assis Brasil, também no Acre, Humberto Gonçalves Filho, cujo município também integra a rota de imigração ilegal, disse que entram diariamente pela fronteira com Iñapari, no Peru, de 30 a 40 haitianos. Essas pessoas, diferentemente do ano passado, quando a cidade precisou do apoio da Força Nacional para conter a imigração pela fronteira, funciona atualmente apenas como corredor de passagem para Brasileia.

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