Rio de Janeiro ; O governo do Rio de Janeiro pretende reassentar 1,5 mil famílias que hoje vivem em áreas de risco máximo no município de Petrópolis, na região serrana fluminense. A ideia é recorrer ao sistema de compra assistida, ou seja, o governo comprará as casas localizadas em áreas de risco e, com isso, ajudará os moradores a adquirir um novo imóvel. A casa comprada pelo Estado é demolida.
O dinheiro será repassado pelo Ministério das Cidades. O projeto é preparado pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e deve ser entregue ao governo federal em até 15 dias.
Segundo a presidenta do Inea, Marilene Ramos, a intenção do governo do estado é concluir a remoção das famílias que vivem em área de risco de deslizamentos de encostas no prazo de um ano.
;A ideia é trabalhar nas áreas de risco máximo, em que não é possível a permanência das moradias, não há obra de contenção que possa ser feita e que garanta a segurança. São áreas em que temos que controlar a ocupação daqui para a frente e não permitir que ela se expanda;, disse a presidenta do Inea.
Marilene Ramos terá reuniões hoje (15) e amanhã (16) com representantes do Departamento de Recursos Minerais do Rio de Janeiro (DRM-RJ), que fez o mapeamento das áreas de risco do estado, e com a prefeitura de Petrópolis, para fechar detalhes do projeto.
Segundo Marilene Ramos, as 1,5 mil casas que serão removidas se localizam no distrito central do município, onde ficam os bairros de Quitandinha e Independência, os mais afetados pelas chuvas de março deste ano. Levantamento do DRM mostra que quase 12 mil famílias vivem em área de alto ou muito alto risco nos cinco distritos de Petrópolis.
Portaria do Ministério das Cidades, publicada hoje (15) no Diário Oficial da União, autoriza a liberação, em caráter excepcional e urgente, de verbas para apoiar a desocupação de áreas de alto risco em municípios da região serrana fluminense.
Atualmente, o governo do Rio já trabalha, por meio da compra assistida, com a remoção de 2,2 mil famílias de áreas de risco em margens de rios dos municípios de Petrópolis e dos municípios serranos de Teresópolis e Nova Friburgo. Em um ano, o governo conseguiu realocar metade dessas pessoas.