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Julgamento do Carandiru é retomado após jurado ter passado mal

No massacre, ocorrido no dia 2 de outubro de 1992, 111 presos foram mortos

São Paulo ; O julgamento do Massacre do Carandiru foi retomado na tarde desta quinta-feira (18/4), após ter sido suspenso na manhã de quarta-feira (17/4) porque um dos sete jurados passou mal. Uma equipe médica avaliou o estado de saúde do jurado no início da tarde e o liberou para o julgamento. O nome do jurado é mantido em segredo e o motivo pelo qual ele passou mal não foi revelado pelo Tribunal de Justiça.

O juiz José Augusto Nardy Marzagão decidiu retomar o julgamento com a leitura de peças, ou seja, com a leitura de antigos depoimentos sobre o caso e de laudos periciais. Após a leitura de peças, o julgamento prossegue com os depoimentos de quatro dos 26 policiais que são réus no caso, acusados das mortes de 15 detentos que estavam no segundo pavimento do Pavilhão 9 da antiga Casa de Detenção do Carandiru.



[SAIBAMAIS]Em depoimentos dados até agora, as testemunhas do massacre contam que, naquele dia, houve uma briga entre presos que resultou em uma rebelião. Em seguida, policiais invadiram o local. A promotoria defende que houve excesso policial na ação. Já a defesa alega que a ação era necessária e que os policiais não podem ser condenados pelo ato já que não é possível individualizar suas condutas - dizer quais policiais atiraram e quais foram as vítimas.

No massacre, ocorrido no dia 2 de outubro de 1992, 111 presos foram mortos. Por causa do grande número de réus, 79 policiais, o julgamento do Massacre do Carandiru foi dividido em etapas. Nesta primeira fase, estão sendo julgados 26 policiais.