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Carandiru: tese afirma que armas 'usadas' por presos foram 'plantadas'

A suspeita é de que as 13 armas encontradas foram colocadas na Casa de Detenção pelos próprios policiais para justificar a invasão

postado em 20/04/2013 15:28
Cruzes em frente à Universidade de São Paulo em homenagem aos mortos no massacre do CarandiruO julgamento do Massacre do Carandiru foi retomado hoje (20) no Fórum da Barra Funda, na capital paulista, com os debates entre acusação e defesa. Pela manhã, a promotoria apresentou a tese de que as 13 armas encontradas na Casa de Detenção, que pertenceriam aos presos, teriam sido ;plantadas;, ou seja, levadas pelos próprios policiais da Rota para justificar a ação, que ocorreu em 1992 e terminou com 111 mortos.

A promotoria alegou que a versão de que os presos teriam atirado contra a Rota ;é mentirosa;. ;Infelizmente, é hábito os maus policias plantarem armas de fogo em cenas de crime;, disse a acusação. A baixa visibilidade relatada pelos policias, que disseram conseguir enxergar à distância de apenas um metro no momento da entrada no presídio, também foi questionada pelos promotores. "Os policias militares alegam que a visibilidade era mínima. Então, como seria possível encontrar armas e munição no chão?".

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[SAIBAMAIS]A acusação citou também que o relatório da Comissão Oficial do Ministério Público para investigar o caso reforçou a ideia de que as 13 armas de fogo encontradas no local teriam sido ;plantadas;. Duas dessas armas foram rastreadas e descobriu-se que o proprietário de um dos revólveres tinha tido sua arma apreendida pela polícia e a outra havia sido comprada pela Exército Brasileiro.

Depois da pausa para o almoço, o julgamento recomeça e a expectativa é que a decisão saia ainda na noite de hoje. Nessa etapa do juri, estão sendo julgados 26 policiais militares acusados de matar 15 presos que ocupavam o segundo pavimento do Pavilhão 9 do Carandiru.

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