Brasil

Barco que naufragou na Ilha de Marajó acumulava série de irregularidades

Embarcação não tinha autorização para navegar desde julho de 2011. No acidente, 12 pessoas morreram e foram socorridos 50 sobreviventes

postado em 21/04/2013 08:12
As buscas por corpos e sobreviventes foram encerradas ontem à tarde

O Iate Leão do Norte, que naufragou na noite de quinta-feira, na Ilha de Marajó, próximo ao município de Cachoeira do Arari (PA), provocando a morte de 12 pessoas, não tinha autorização para navegar desde julho de 2011. De acordo com a Marinha do Brasil, o barco acumulava 12 falhas em relação à segurança e à navegabilidade. Outra irregularidade diz respeito ao piloto. Segundo a Marinha, ele estava cadastrado como marinheiro fluvial auxiliar de máquinas, e não tinha habilitação para conduzir embarcações. Os demais tripulantes a bordo nem sequer estavam habilitados como aquaviários. O barco saiu do município paraense de Chaves e seguia para Belém, pelo Rio Arari.

[SAIBAMAIS]Os trabalhos de resgate foram encerrados no fim da tarde de ontem. Foram socorridos 50 sobreviventes. Segundo a Delegacia Fluvial da Marinha, não há mais desaparecidos. A Força informou ainda que instaurou inquérito para apurar as causas do acidente e punir eventuais culpados. Uma equipe de peritos já está no município de Cachoeira do Arari, e a previsão é que o documento fique pronto em 40 dias. O comandante da embarcação está preso desde a noite de sexta-feira em uma delegacia de Cachoeira do Arari. Ele deve ser indiciado por homicídio com dolo eventual. O Leão do Norte tinha capacidade para transportar 25 pessoas, mas, no momento do acidente, por volta das 23h de quinta-feira, havia 62 na embarcação.



Embora o barco estivesse superlotado, o comandante do 4; Distrito Naval, Ademir Sobrinho, disse ser difícil apontar essa como a causa principal do acidente. ;Estamos apurando, fazendo o inquérito. A superlotação é uma infração grave, mas pode não ter sido o fator determinante do naufrágio.;


Embarcação não tinha autorização para navegar desde julho de 2011. No acidente, 12 pessoas morreram e foram socorridos 50 sobreviventes

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