postado em 22/04/2013 20:26
Conforme já havia anunciado, a defesa do ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, buscará neste julgamento desqualificar a investigação policial. E a peça chave para isso parece ser o policial civil José Laureano da Silva, o Zezé, que embora apontado por algumas testemunhas e citado no processo, não foi indiciado junto aos outros acusados e, agora, é alvo de uma investigação paralela. O advogado Ércio Quaresma afirma que houve fraude no inquérito e garante que irá prová-lo neste júri.
Por que Zezé não foi indiciado? Quaresma repetiu essa pergunta inúmeras vezes à delegada Ana Maria Santos. "Não se procedeu a indiciamento de José Laureano porque não se entendeu que estava bastantemente fundamentado", afirmou a investigadora. Ela confirmou que o nome do policial surgiu durante as investigações e afirmou que ele chegou a ser interrogado duas vezes, mas que não havia provas suficientes para incriminá-lo.
[SAIBAMAIS]"Cinquenta ligações. Não são cinco, são cinquenta", esbravejou Ércio Quaresma ao falar sobre o relatório da quebra de sigilo telefônico dos acusados. Ele lembrou que consta no laudo cerca de 50 telefonemas entre o celular de Zezé e outros acusados em 10 de junho de 2010, data apontada pela promotoria como o dia em que Eliza foi morta.
A delegada, se dirigindo aos jurados, disse que um único elemento não pode ser tomado como prova. Quaresma, por sua vez, indagou se a polícia não achou estranho o voluma de ligações telefonicas envolvendo o policial. Ela esclareceu que não ficou responsável pela análise deste relatório.
Quaresma ainda citou o ex-policial civil Gilson Costa, que também estaria sendo investigado paralelamente. Segundo o defensor, também há grande volume de ligações telefônicas envolvendo o ex-policial e alguns acusados. A delegada repetiu as mesmas respostas dadas quando indagada pelo advogado sobre o não indiciamento de Zezé.