postado em 23/04/2013 13:32
A porta-voz do alto comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH), Cécile Pouilly, parabenizou, nesta terça-feira (23/4), as autoridades brasileiras por fazer justiça a algumas das vítimas do Carandiru, depois de mais de duas décadas de impunidade em um dos incidentes de violência mais brutais em uma prisão de São Paulo em 1992.[SAIBAMAIS]"Seguiremos de perto a continuação dos julgamentos dos outros acusados", disse Pouilly. A ONU também afirmou que vai encorajar as autoridades brasileiras a resolver urgentemente a terrível situação das prisões onde aproximadamente meio milhão de pessoas estão detidas.
Penas
No dia 21 deste mês, o Tribunal do Júri de São Paulo condenou 23 policiais militares a 156 anos de prisão por suas responsabilidades na morte de 13 detentos durante a repressão a uma rebelião na cadeia do Carandiru em 2 de outubro de 1992. Um total de 111 detentos perderam a vida durante a supressão da revolta. Investigações revelaram que muitos prisioneiros foram baleados à queima-roupa.
Antes desta condenação, a única pessoa que havia sido julgada pelas mortes no Carandiru foi o comandante da operação, coronel Ubiratan Guimarães, que em 2001 foi condenado por uso excessivo da força, mas absolvido em 2; instância em 2006. Outros 53 policiais militares devem ir a julgamento nos próximos meses por ligação com as mortes de outros detentos no Carandiru.