Brasil

Primeira edição do Mulheres Negras Contam sua História premia vencedoras

Foram premiadas 14 mulheres: cinco na categoria melhor ensaio e cinco com redações, além de quatro menções honrosas

postado em 23/04/2013 19:56
As ministras da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, e da Secretária Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Bairros, participam da entrega do prêmio Mulheres Negras Contam sua História. Na foto, ao centro, Leila Regina Lopes.
As secretarias de Políticas para as Mulheres (SPM) e de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) entregaram nesta terça-feira (23/4), pela primeira vez, o Prêmio Mulheres Negras Contam sua História. Foram premiadas 14 mulheres: cinco na categoria melhor ensaio e cinco com redações, além de quatro menções honrosas

O prêmio, disse a ministra de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, ;é uma expressão clara de um posicionamento politico ideológico da SPM no enfrentamento ao racismo em todas as suas formas;. Segundo Eleonora, o prêmio é um sonho, uma ideia, é um edital que veio para ficar, que pegou.

Luiza Bairros, da Seppir, destacou o fato de o prêmio dar ;mais visibilidade; à mulher negra na sociedade brasileira. De acordo com a ministra, os textos premiados ajudarão a pensar a experiência negra no Brasil como algo que se transforma constantemente, porque a maneira de ser e de estar das mulheres negras na sociedade também se transformou..



Raquel Trindade de Souza, 77 anos, autora da segunda melhor redação, escreveu sobre sua infância no Recife e sua juventude no Rio de Janeiro. Emocionada, ela disse que o prêmio dá à mulher negra oportunidade de contar sua história, que faz parte de todo o movimento negro. ;Como mulher negra, como artista plástica, como presidente do Teatro Clássico Solano Trindade, a importância [do prêmio] é muito grande.;

Vencedora na categoria ensaios, com o tema Trabalho Doméstico, Claudenir de Souza, paulista de Campinas, dedicou a vitória ;às 8 milhões de domésticas que existem no país;. ;São 468 anos de trabalho doméstico no país, e 343 anos foram de trabalho escravo. Há 48 anos, trabalhamos em troca de comida e de algumas moedas. Faz 77 anos que estamos lutando para ter os mesmo direitos que outros trabalhadores;, destacou Claudenir.

O 1; Prêmio Mulheres Negras Contam sua História teve 521 inscrições ; 421 redações e 100 ensaios. As 14 histórias vencedoras serão publicadas em livro, até o fim deste ano.

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