João Henrique do Vale/Estado de Minas
postado em 24/04/2013 12:42
O terceiro dia de julgamento do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, começou às 9h30 desta quarta-feira (24/4) no Fórum de Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte, em Minas Gerais. Bola é acusado pela morte e sumiço do corpo de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno, condenado pelo crime a 22 anos e 3 meses de prisão.A sessão iniciou com o depoimento do jornalista José Cleves da Silva. Ele era repórter especialista em apurar casos de corrupção policial quando foi vítima e um assalto, no qual morreu baleada a mulher dele, Fátima Silva, de 39 anos. Dias depois do crime, o repórter passou de vítima a acusado pelo delegado Edson Moreira (responsável pelo caso Eliza Samudio), por homicídio. Na Justiça, Cleves provou as falhas na investigação da polícia e foi absolvido. Os assaltantes nunca foram presos.
[SAIBAMAIS]Todos os questionamentos do advogado Ércio Quaresma foram em relação ao inquérito. A intenção é desqualificar o delegado Edson Moreira, que deve começar a ser ouvido nesta quarta-feira. A todo momento, o defensor tenta trazer erros no inquérito pelo qual a testemunha foi acusada. Entre eles, uma arma encontrada dois dias depois do crime da mulher. "Foi colocada essa arma próximo ao local do crime" disse. "Localizaram um militar que disse que a arma foi comprada por um amigo meu, mas não sabia nome, aonde, nem nada", completou.
A todo momento, o advogado utiliza o livro escrito pela testemunha , "A Justiça dos lobos" que conta a história pela qual o autor foi acusado, para ilustrar as perguntas. O objeto é mostrado por diversas vezes aos jurados. A juíza chegou a chamar a atenção de Quaresma por causa da demora nos questionamentos.