Brasil

Ex-delegado volta a ser ouvido no quarto dia de julgamento de Bola

Edson Moreira responde que tudo sobre perícia consta nos autos. A defesa vai detalhar a investigação e tentar, novamente, decredibilizar o trabalho da Polícia Civil

postado em 25/04/2013 10:07
Começou o quarto dia de julgamento de Marcos Aparecido dos Santos, o Bola. A juíza Marixa Rodrigues autorizou a entrada do réu ao plenário no Tribunal do Júri às 9h11. Hoje é ouvido o ex-delegado Edson Moreira. A defesa vai detalhar a investigação e tentar, novamente, decredibilizar o trabalho da Polícia Civil. Na quarta-feira, o promotor deu uma previsão de audiência até a madrugada de domingo, mas hoje o advogado do réu já adiantou que vai levar os trabalhos até quarta-feira da semana que vem.

[SAIBAMAIS]Ércio Quaresma começou a questionar a testemunha Edson Moreira e logo no início teve perguntas indeferidas pela juíza Marixa Rodrigues, porque segundo a magistrada o defensor está argumentando no momento que só deve perguntar. Depois, conseguiu emplacar outros questionamentos e se ateve a detalhes técnicos. Perguntado por Quaresma sobre buscas do "suposto" corpo de Eliza Samudio, Moreira respondeu que a procura foi feita em Ribeirão das Neves - Lagoa Suja, sítio do Bruno, na "casa do executor aqui presente", no sítio franqueado por Gilson Costa e na Lagoa do Nado.

O defensor quis saber sobre perícia com uso de luminol. Quaresma perguntou qual era o tempo que um resultado poderia ser positivo para presença de sangue. Moreira respondeu: 40 ou 60 dias. Lembrando que a perícia no Caso Bruno foi feita 29 dias depois do crime.



A testemunha contou que no sítio de Bruno foi lançado luminol, apenas pequenas gotículas de sangue foram achadas e na segunda perícia foi encontrado no quarto onde Eliza ficou, um travesseiro contendo sangue, que não era da vítima. Esse sangue teria sido "plantado" no local para confundir a perícia e tumultuar a investigação.

Quaresma perguntou ao ex-delegado "quem fez essa treta?;, se referindo ao travesseiro. A testemunha disse: "Se eu soubesse eu teria devidamente indiciado". O delegado também disse que não sabe se foi a defesa que colocou esse sangue.

Segundo Moreria, depois da primeira perícia quem ficou tomando conta do sítio foi um casal de caseiros e Elenílson Vitor, antes dele ser indiciado no caso. Também nesse intervalo de perícias, foram furtados objetos no terreno, fato devidamente registrado em ocorrência policial na Delegacia de Esmeraldas com prisão dos ladrões.

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