Brasil

Medidas para conter imigração ilegal podem ter efeito contrário

A Comissão de Relações Exteriores do Senado aprovou requerimento para debater com autoridades dos governos federal, do Acre e empresários, as causas e consequências dessas imigrações

postado em 25/04/2013 13:24
Estabilizada a primeira fase de atendimento pela força-tarefa que está no Acre aos imigrantes ilegais, na maioria haitianos, o governo federal precisa agora desencadear a segunda fase para conter rotas migratórias. O alerta foi feito nesta quinta-feira (25/4), na Comissão de Relações Exteriores (CRE), pelo senador Jorge Viana (PT-AC) sob pena das ações emergenciais do Executivo passarem a ser um estímulo à novas imigrações ilegais.

[SAIBAMAIS]A Comissão de Relações Exteriores do Senado aprovou requerimento para debater com autoridades dos governos federal, do Acre e empresários, as causas e consequências dessas imigrações. O presidente da CRE, senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), defendeu que uma comissão de senadores deve visitar Brasileia (AC) para verificar as medidas adotadas e a situação dessas pessoas.



Dados desta quinta-feira recebidos pelo parlamentar mostram que 800 imigrantes estão em Brasileia. ;Quanto mais se resolve o problema, mais vai se ampliar a notícia que o governo federal está dando bom atendimento a essas pessoas; disse o senador alertando que, no Haiti, a população já tem conhecimento das medidas tomadas pelo governo federal em parceria com o governador acriano Tião Viana.

O senador Viana alertou que, na segunda etapa das ações governamentais, é importante que o Ministério das Relações Exteriores estabeleça um diálogo com os governos do Haiti, Equador, Peru e Panamá. O objetivo é estabelecer ações conjuntas que permitam aos quatro países interromperem as rotas migratórias. Os haitianos que se submetem às pessoas que exploram financeiramente a imigração ilegal ; os coiotes ; pagam, em média, US$ 4 mil. As rotas migratórias haitianas começaram a funcionar em 2010.

O senador ressaltou que ;se o governo federal não tomar uma atitude para por fim à entrada ilegal de imigrantes no país; a entrada no Brasil não terá fim. O senador também fez um apelo ao empresariado nacional para que contratem a mão de obra dos haitianos que aguardam, em Brasileia, uma oportunidade de trabalho.

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