postado em 26/04/2013 17:52
Rio de Janeiro - Um grupo de mulheres indígenas ocupou na tarde desta sexta-feira (26/4) o prédio do antigo Museu do Índio, ao lado do Estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã, na zona norte do Rio de Janeiro. Segundo informou Ash Ashaninka, um dos líderes da ocupação, o objetivo é promover a reintegração de posse do local e exercer ;os direitos indígenas;.
Do lado de fora, outro utro grupo de índios e defensores fazem uma manifestação, segurando faixas e cartazes pedindo a devolução do imóvel. O índio Tiuré Potiguara protestou contra a expulsão dos índios do local e disse que várias das pessoas retiradas do museu estão hoje passando necessidade, por não terem aceitado serem transferidas para um local em Jacarepaguá, montado com lonas e contêineres.
;Infelizmente nós temos parentes que estão em uma situação de precariedade total porque não aceitaram essa migalha, essa esmola do governo lá em Jacarepaguá. Nós estamos lutando nessa resistência. Nós precisamos do nosso imóvel, não precisamos morar em contêiner;, disse o líder indígena.
O local foi imediatamente cercado por um efetivo policial do Batalhão de Choque da Polícia Militar, com diversas viaturas e o uso de um helicóptero.Os policiais isolaram a área, impedindo inclusive o acesso de jornalista, que foram obrigados a ficar a uma distância mínima de 150 metros do local.
No dia 12 de janeiro deste ano, após uma tentativa frustrada de desocupação do prédio do antigo Museu do Índio, artistas, acadêmicos e políticos declararam apoio à causa da Aldeia Maracanã. Com isso, os índios conseguiram impedir a demolição do prédio. O local seria transformado em uma área de estacionamento do estádio.
No dia 21 de março, entretanto, em razão de um processo de reintegração de posse, os índios acabaram sendo retirados do local pelas forças policiais. Um grupo indígena aceitou a proposta feita pelo governo do estado do Rio de Janeiro e ocupou um terreno em Jacarepaguá, na zona oeste da capital. Outro grupo, do qual Ashaninka faz parte, permanece disposto a retomar o prédio do antigo museu.
O defensor público federal no Rio de Janeiro, Daniel Macedo, disse que a reintegração de posse do antigo museu pelos índios só poderia ser feito por ordem judicial e não valendo-se da própria força. ;A Defensoria Pública da União repudia qualquer ato de ilegalidade. Eles não podem invadir lá. Se eles querem a reintegração da posse têm que procurar o Poder Judiciário via Defensoria Pública da União;, disse.
Macedo enfatizou que os índios não podem recorrer à invasão para a reintegração do prédio que já foi reintegrado ao governo do estado. Ele manifestou preocupação com as consequências que esse ato possa causar, ;porque a polícia pode chegar lá e não usar da força moderada, como ocorreu da outra vez; O defensor público indicou que terá de haver uma nova negociação, ;porque a polícia, infelizmente, no Rio de Janeiro, tem um histórico de truculência. E a defensoria também não vai admitir isso;.
Do lado de fora, outro utro grupo de índios e defensores fazem uma manifestação, segurando faixas e cartazes pedindo a devolução do imóvel. O índio Tiuré Potiguara protestou contra a expulsão dos índios do local e disse que várias das pessoas retiradas do museu estão hoje passando necessidade, por não terem aceitado serem transferidas para um local em Jacarepaguá, montado com lonas e contêineres.
;Infelizmente nós temos parentes que estão em uma situação de precariedade total porque não aceitaram essa migalha, essa esmola do governo lá em Jacarepaguá. Nós estamos lutando nessa resistência. Nós precisamos do nosso imóvel, não precisamos morar em contêiner;, disse o líder indígena.
O local foi imediatamente cercado por um efetivo policial do Batalhão de Choque da Polícia Militar, com diversas viaturas e o uso de um helicóptero.Os policiais isolaram a área, impedindo inclusive o acesso de jornalista, que foram obrigados a ficar a uma distância mínima de 150 metros do local.
No dia 12 de janeiro deste ano, após uma tentativa frustrada de desocupação do prédio do antigo Museu do Índio, artistas, acadêmicos e políticos declararam apoio à causa da Aldeia Maracanã. Com isso, os índios conseguiram impedir a demolição do prédio. O local seria transformado em uma área de estacionamento do estádio.
No dia 21 de março, entretanto, em razão de um processo de reintegração de posse, os índios acabaram sendo retirados do local pelas forças policiais. Um grupo indígena aceitou a proposta feita pelo governo do estado do Rio de Janeiro e ocupou um terreno em Jacarepaguá, na zona oeste da capital. Outro grupo, do qual Ashaninka faz parte, permanece disposto a retomar o prédio do antigo museu.
O defensor público federal no Rio de Janeiro, Daniel Macedo, disse que a reintegração de posse do antigo museu pelos índios só poderia ser feito por ordem judicial e não valendo-se da própria força. ;A Defensoria Pública da União repudia qualquer ato de ilegalidade. Eles não podem invadir lá. Se eles querem a reintegração da posse têm que procurar o Poder Judiciário via Defensoria Pública da União;, disse.
Macedo enfatizou que os índios não podem recorrer à invasão para a reintegração do prédio que já foi reintegrado ao governo do estado. Ele manifestou preocupação com as consequências que esse ato possa causar, ;porque a polícia pode chegar lá e não usar da força moderada, como ocorreu da outra vez; O defensor público indicou que terá de haver uma nova negociação, ;porque a polícia, infelizmente, no Rio de Janeiro, tem um histórico de truculência. E a defensoria também não vai admitir isso;.